segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ÂNSIA

ÂNSIA



Essa verdade que singra a doer,
Principia no primeiro voo dos pássaros,
Quando deus, de infinitos,
Resvalou palavra
Ao coração do homem:
- Haja amor!

Uma gota salivada de verso pousou-nos
Em estágio de silêncio puro.

As andorinhas pairaram extáticas
E o humano sentiu o angustiar dos sentidos,
A ânsia do todo, a rutilância do oposto.

E homem e mulher se entrelaçaram sobre o encalço das pedras,
À sombra das árvores,
A esmo do medo,
Sob o olhar indecifrável de deus.

Nara Rúbia Ribeiro