quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Hama Thay aponta as causas da derrota de Portugal na guerra da independência de Moçambique

umBhalane said...
1 – “A primeira causa tem que ver com a limitação do efectivo do exército que usava para a guerra”


“Dadas essas limitações, conta o general, que generais como Khaulza da Arriaga começaram a recrutar nas próprias colónias ou, se preferir, nas províncias ultramarinas. Um dos problemas é de que esses soldados não podiam oferecer tanta confiança como os naturais de Portugal.”
O General, Sr. António Hama Thay, analisa a Guerra de Independência, indevidamente chamada guerra de “libertação”, por motivos que TODOS já cansamos de saber, demasiados óbvios, e que já foram cabalmente demonstrados, provados e comprovados – não houve “libertação” nenhuma.
Tão só a TROCA de um domínio por outro, mas… muito mais retrógrado, boçal, impiedoso, incompetente, e muito mais totalitário.

Corrupto e ladrão (coisa com que o regime do Prof. Salazar não foi pactuante/benévolo/complacente – HISTÓRICO e IRREFUTÁVEL.
Voltando à Guerra de Independência (frelimo) ou Guerra de Moçambique/Ultramar (Portugal), a primeira contradição da frelimo é:
- Como é que Portugal iria colocar 1 milhão de Portugueses na região centro, Cabora Bassa – Dr. Eduardo Mondlane – e “agora” (Thay) não tem sequer efectivos para a guerra, porque a sua demografia o não permite - General António Hama Thay.

Bom, estou mais de acordo com o General Hama Thay.
Até porque ajudei o Dr. Eduardo Mondlane com aquela “fábrica” de clones que o Prof. Salazar já tinha mandado edificar no início da década de 50, aproveitando muitos cientistas e sábios Alemães, após a II G.Guerra.
Homem previdente, o Prof. Salazar conseguiu criar “clones” de boa cepa, não dele como chegaram de ripostar, mas do ADN de Afonso Henriques, Nuno A. Pereira, Afonso Albuquerque, Mouzinho,…, e vários outros comprovadamente bons e valentes guerreiros.
Ultimamente, até de Marcelino da Mata, Daniel Roxo, e vários, demasiados outros, que seria exaustivo referenciar.
Esse foi o meu contributo para “ajudar” o Dr. Mondlane – LEMBRAM?
Agora... Desde logo em 1964, a percentagem de efectivos Moçambicanos no então exército português foi de 44%;

Com o Gen. Kaúlza de Arriaga, comandante-chefe 1969-1970, a fasquia atingiu apenas 42%!!!
É dos livros Sr. General Thay, dos livros.
Mas, o Português é difícil, como dizem os Wanyungwes.
Como sou um Preto claro lhe compreendo bem, consigo interpretar o que quer dizer – treinei lá, nos tempos, a interpretar para os Chefes de Posto.
Acostumei. Lhe interpreto, bem.
Bom… Mas, em 31 de Dezembro 1973, HÁ 54% de Moçambicanos no exército Português de Moçambique, tendência crescente desde 1968, ainda o Gen. Arriaga nem tinha “nascido”, Sr. Gen. Thay!!!
Mas…muito mais importante que esta conversa de “chacha” é o seguinte, e mal que lhe coloque:
- “Afinale” o tal problema de confiança a que o Sr. alude/fala, num esforço para captar simpatias para a frelimo, é COMPROVADAMENTE FALSO.

Factualmente falso.
Embora, e aí lhe conceda alguma razão, as “élites” reinóis tinha reserva na confiança depositada nos Moçambicanos, incluindo os brancos de 2ª classe, mestiços, asiáticos e outros. “Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”, era o lema – EXPERIÊNCIA PRÓPRIA.
Finalizando, Sr.General Thay, a participação de Moçambicanos não foi muito maior, porque os “Comandantes reinóis” assim o quiseram.

Não por “NÓS”, Sr, Gen. Thay, e o Sr. sabe-o muito bem, cansou mesmo de saber – senão não precisavam das AK para se manterem no poder.
E a Guerra Civil provou-o, e comprovou-o, comprovadamente, e no contexto (como diz o Outro).
O Prof. Salazar mentiu-nos muito, enganou-nos demais, bateu mesmo…É VERDADE.

Mas, o Prof Salazar NUNCA nos enganou acerca dos comunistas e terroristas - NUNCA.
E o tempo deu-lhe RAZÃO – provou-o e comprovou-o – por vocês próprios, pelas vossas práticas.
LEMBRA?
Quer falar daquele assunto de CONFIANÇA debatido no Comité Central da Frelimo que decidiu a não convocação de não-negros durante a Guerra Civil (esta sim – a de LIBERTAÇÃO amputada), aquela com a RENAMO, por FALTA DE CONFIANÇA (sic – Joaquim Chissano/Machado Graça e outras fontes dignas de crédito).
Só para comparar, para irritar.
Vamos debater, ou não convém, Sr. Gen. António Hama Thay?
Fungula masso iué (abram os olhos)
A LUTA É CONTÍNUA.
Nota – Sobre este tema da Moçambicanização do exército português durante a Guerra Independência / Moçambique (Ultramar) HÁ muito que dizer, mas isso o seria em vários livros, que aqui não cabem.

Muito para dizer/escrever.