quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Jorge Rebelo em palestra sobre legado da juventude moçambicana


Jorge Rebelo em palestra sobre legado da juventude moçambicana

A convite do Parlamento Juvenil
De acordo com o comunicado em posse do “O País”, Rebelo deverá explicar o papel da juventude moçambicana nos tempos que correm, tendo em conta a realidade actual no país.
O  antigo ministro da Informação no Governo de Samora Machel, Jorge Rebelo, é hoje orador, na cidade capital, de uma palestra relativa à passagem de mais um aniversário da independência nacional, que se assinala a 25 de Junho corrente.
Com o tema “35 Anos de Independência Nacional: e o legado da juventude”, a palestra insere-se no âmbito da celebração dos 35 anos após a proclamação da independência, em 1975, pelo presidente Samora Machel.
De acordo com um comunicado recebido na redacção do “O País”, a palestra tem como “objectivo enaltecer o feito histórico de 25 de Junho enquanto fonte de inspiração para a nova geração e uma oportunidade ímpar para discutir sobre o patriotismo, unidade nacional, transparência na gestão da coisa pública e coesão nacional”.
A palestra de hoje vai igualmente debater sobre os desequilíbrios sociais, justiça e a função da juventude na época contemporânea, e poderá atrair muitos académicos, antigos combatentes da Luta de Libertação Nacional, líderes de partidos políticos e membros do parlamento juvenil, por sinal os organizadores do evento.
Rebelo define “Geração da Viragem”
Quanto ao legado da juventude,  o Parlamento Juvenil pretende  saber de Jorge Rebelo, de acordo com o comunicado, o papel da juventude moçambicana nos tempos que correm. O antigo combatente não poderá escapar a perguntas sobre a mediática “geração da viragem”, na qual o reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Couto, veio a público, durante a última cerimónia de graduação de estudantes naquele estabelecimento de ensino superior, convidar o presidente da República, Armando Guebuza, a ir à UEM explicar o conceito “geração da viragem”: “Virar o quê? Virar para onde?”, interrogou Couto.
Com esta “provocação”, Armando Guebuza viria a responder às perguntas de Couto, não na UEM, mas através da comunicação social durante a sua presidência aberta na província de Nampula, definindo geração da viragem como “luta contra a pobreza”. Mais tarde, o porta-voz do partido Frelimo, Edson Macuácua, numa palestra havida em Maio último no edifício do Comité Central da Frelimo, em Maputo, viria a repetir o mesmo discurso, mas desta vez estabelecendo as diferenças entre a “geração de viragem” e as gerações 25 de Setembro e 8 de Março.
Chama da Unidade Nacional
Outro alvo dos participantes poderá ser a Chama da Unidade Nacional. À semelhança da “geração de viragem”, esta está a levantar acesos debates sobre os seus reais benefícios ao país. Lançada por Armando Guebuza em Nangade, província nortenha de Cabo Delgado, e neste momento em Gaza, os montantes gastos para a sua deslocação do Norte a Sul está a dividir opiniões, havendo quem  considere serem gastos supérfluos. Aliás, falando última segunda-feira em  Nampula, o presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) acusou o Governo de enveredar pelo despesismo. Para Simango, o valor gasto com a chama devia ser aplicado na construção de hospitais, escolas, compra de ambulâncias, entre outras aplicações que reduzem as assimetrias regionais e promovem a verdadeira unidade nacional.