quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O QUE ÉS

O QUE ÉS

Quando a eternidade soletrou meu destino
Desenhou o teu nome
Nas lacunas do tempo.

Meus vãos tem a pulsação do teu sopro.
O afago do teu “sim” acomoda a inquietude do que sinto
E o abismo se faz aconchego
E todas as alegrias reflorescem nas frestas da dor.

E quando me olhas com essa ternura infinda
De criança que se alimenta do néctar dos meus olhos tristes,
Uma ciranda de estrelas me faz criança a sorrir nos céus do meu peito.
És cantiga de roda a cirandar os sonhos
Em que me deleito.

Nara Rúbia Ribeiro