terça-feira, 18 de setembro de 2012

Um ex-marido de Joana Semião quer divorciar-se dela

Comments

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JJLABORET said...
Complementando os esclarecimentos,
O tal "MARIDO" (não é ex-marido, pois não foi separado legalmente)deveria ter entrado com a petição quando a parte requerida ainda estava em vida, mesmo que o processo só tivesse desfecho "post mortem".
Quando já falecida a parte (Joana Simeão), sem ter sido requerida ainda em vida, O MARIDO (ex-marido só é se tiver se separado legalmente) será, para todos os efeitos considerado "VIÚVO", sendo dela o 1º herdeiro na linha sucessória, vindo depois os filhos.
Portanto, não pode mais sair da condição de VIÚVO de Joana Simeão, ainda que se case novamente.
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JJLABORET said...
Um dos princípios básicos do DIREITO PENAL é que NINGUÉM SERÁ JULGADO "POST MORTEM" !!!!
Esse juiz, o Tribunal ao qual pertence, NÃO SABEM DISSO?
Em caso de morte discute-se herança, bens, dívidas, submetendo herdeiros nas obrigações deixadas!
NADA MAIS PODERÁ SER IMPUTADO À PESSOA DE UM(A) ("de cujos") FALECIDO(A).
Além de engajados e partidaristas envolvidos políticamente, facciosos, tendenciosos, se conclue que são realmente despreparados, primitivos, quando não ridículos, grande parcela dos juizes moçambicanos!
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Nhoca said in reply to sanna...
Os que matarm a Joana Simião, não são os mesmos que mataram Samora Machel? A não que estou em erro, hahahahahah
Só que o governo de moçambique tinha que ser transparente fazer conheçer o povo moçambicano o que fizeram com estas feguras políticas. Sejam eles reacionários como não.
Sabemos que a Frelimo é que os prendeu e depois?
Ou logo digam que foi Samora Machel que matou, ele já morreu e tudo fica injustificado.
O povo pede conheçer o desapareçimento físico destes moçambicanos (reacionários políticos )
Porque eles também foram moçambicanos a não que foram mandados para Cabo Verde como diz o MC.ROGER que os infies da Nação para não da Frelimo, que vão a CV.
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Victor Manuel Antunes Elias said...
Lêr as atrocidades que se pretendem atribuír a Joana Semião, apelidando-a de colaboradora da PIDE, agente de Jorge Jardim, para quem trabalharia, assassina, reacionária, sem marido, com vários maridos... mas que pretende afinal os detractores de uma Mulher que é figura maior da Mulher Moçambicana? Olhem que não fui mariudo nem namorado dela, muito menos amante, mas aprendi a reconhecer n'ela uma Mulher corajosa, que pretendia para o seu Povo uma vida de dignidade. Não será que o juiz de Inhambane pretenderá que alguém possa apresentar uma certidão de óbito... que a FRELIMO já deveria ter diligenciado, uma vez que toda a gente sabe ter ela sido assassinada pelo "glorioso" "Pai da Pátria Moçambicana", ou pior alguém a seu mando.Pouco importará agora se foi a RENAMO ou a FRELIMO a praticar massacres, porque todos sabemos que ambas os praticaram. Dizer-se agora que Joana Semião, Urias Simango, Lázaro Kavandame ou qualquer um dos mártires assassinados tomavam o pequeno almoço com a PIDE, é perveter a verdade e só o faz quem pretende que esta não seja revelada. É uma tristeza haver parvos a dizer cobras e lagartos dos Portugueses, quando sabemos que muitos dos que o fazem viviam à custa desses mesmos Portugueses, que eram o garante do seu ganha pão.Os milh~es de contos que se gastaram a criar infra-estruturas num território que, em razão da história, um dia seria independente, devia deixar essas bestas anti-portuguesas gratas, pelo menos! Também se esquecem esses energúmenos que a terra Moçambicana está regada com o sangue vertido por alguns milhares de Portugueses que foram dar a cara numa guerra que não era deles, para lhes proteger a pele enquanto eles sentavam o cú no Scala ou no Continental a gozar os mortos que o Comando Chefe das Forças Armadas ia anunciando. Quando fui para a Tropa, ao ir fardado ao Scala, logo os pseudo amigos se retiravam como se eu tivesse lepra! São estas bestas, estes animais, quem diz que Joana Semião, Urias Simango e os outros Heróis eram traidores.
Levanta-te, Moçambique, e tira do teu seio as ervas daninhas que ainda povoam o teu Solo Sagrado! Que saibam ser dignos do primeiro obreiro da Independência, morto tão trágicamente por aqueles que vivem o sonho de grandeza de um Moçambique que possam chamar seu e não do Povo!
Acorda, Moçambique, e sacode o jugo de quem te quer escravizar! Não é o neo-colonialismo que deves temer, mas as aves de rapina que ainda pairam nos teus céus! Eles sabem quem são!

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Mukilati said...
Aqui há diferentes versões sobre os casamentos ou não casamentos da Joana Simeão. Então, o tribunal de Inhambane não deverá os verificado? Duvido que não tenha havido interesse de uma verificação cuidadosa tanto por parte do tribunal como dos que se sentem mexidos pelo assunto.
Quanto à associação da guerra civil ou de destabilização como queiram chamar à morte da Joana Simeão e outros considerados “reaccionários”, acho de desvio ao assunto. Também não concordo com aqueles que defendem que o caso destes terminou com o Acordo Geral de Paz assinado em Roma. Porém, mesmo sobre a guerra civil podemos continuar a dar as nossas opiniões que podem contribuir para fortalecer à paz que hoje vivemos. Neste contexto, posso dizer que a Helena Cobban pode ter razão, mas duvido da sua imparcialidade, pois no artigo nada diz sobre as atrocidades do exército governamental os quais muitos moçambicanos podiam ser testemunhas se o caso fosse levado pelo menos à uma comissão de verdade e reconciliação. Tb ela não cuida no seu artigo do tempo em que a guerra durou, escrevendo (1975-1992). Espero que não seja isto propositado.
É preciso reconhecer-se que durante a guerra a informação/imprensa foi um monopólio dos beligerantes em Moçambique e ao nível internacional estava-se num período de guerra fria. E, por essa mesma razão o conhecimento da realidade da guerra dependia de muita coisa e entre ela do sítio onde a pessoa se encontrava. Eu por exemplo que vivi vila-campo (zona afectada)-cidade, sei hoje como a minha opinião sobre os acontecimentos da guerra variavam. Não quero entrar em detalhes porque não estamos aqui numa CVR (Comissão de Verdade e Reconcilição), mas digo que já conheci um massacre sem explicação para tal feita pela Renamo – 12 pessoas foram mortas. Um colega meu, que não constituia perigo algum, foi morto pela Renamo. Mas por outro lado, já ouvi publicamente um soldado governamental que numa zona meteu muitos “colaboradores” (termo aplicado a todo aquele que fosse apanhado nas zonas ocupadas pelos BAs), homens, mulheres e crianças numa cabana e queimou-os. Um outro falou de uma violação sexual a mulher que tinha uma criança pequenina. Num dia chamou-se a população, crianças como adultos, duma aldeia onde eu via, para dois homens considerados colaboradores serem fuzidos em público a mando dum militar. Interessante ainda, isso foi feito em frente de missionários que pela sua reacção ajudou a muitos de nós para não considerarmos de coisa normal... Mas muitos casos que um simples chefe dum posto administrativo mandava “dormir” aos capturados... Então o que sabem outros?... Qualquer coisa que levasse os beligerantes a dizerem a verdade os vítimas e testemunhas (tb vítimas) a testemunharem ajudaria à sociedade. Ao longo prazo elevaria a nossa consciência a coisas a evitar em caso de guerra ou qualquer conflito político... E, porque isso não se fez, assistimos ainda cenas graves como as de Montepuez e Mocímboa da Praia... Estas últimas também se deixam ao controle dos beligerantes...

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Armando Martinsaa said...
Jorge Jardim lutava por uma causa, tal como os ditos 'nacionalistas'. E matava-se de um lado e do outro, mas muiiiiiitísssiiimo menos que durante a guerra civil. Certo ou errado? E Joana Simeão tentava «levar a água ao seu moínho», pois uma 'independência unilateral' (tipo Rodésia de Smith) ou 'governo de maioria' ou qual coisa do género não levaria muitos anos a chegar. Foi crime (dela) preparar(-se) (n)o terreno? Só quem não viveu aqueles anos 'de brasa' é que pode mandar bitaites.
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John said...
O Acordo Geral de Paz de Roma - AGP entre a Frelimo e a Renamo colocou uma "tábua rasa" aos crimes de guerra de ambos os lados para não fazer curto circuito...a haver um Tribunal de Haia tanto os da Frelimo como da Renamo teriam de se sentar no banco dos reus....há mais vítimas mutiladas da Renamo do que da Frelimo ...mas vítimas são vítimas...daí ninguém ter interesse em tribunais por crimes de guerra neste caso se calhar mais a Renamo que a Frelimo teriam a perder...Dlakhama foi comparado a Pol Pot do Cambodja e a Milosovic da Sérvia ...Renamo com mais de 1 milhão de vítimas de guerra...será mesmo melhor reflectirmos e lermos o que escreveu o independente João Craveirinha texto datado de 12 Abril 2005 - Terça, num jornal de Moçambique citando uma conceituada revista norte americana cristã de análises científicas geopolíticas ...a Christian Science Monitor: eis o excerto do texto publicado por ele..."
..."Sobre “aniquilação” se entramos por aí a RENAMO terá muito que justificar em termos de atrocidades em tempo de guerra cometidas contra as populações que dizia defender…”which between 1975 and 1992 maintained a bloody insurrection against the central government. An estimated 1 million Mozambicans lost their lives to that war, and many of these deaths were truly atrocious. Torture, mutilation, sex-slavery, forced relocations, forced starvation, and enslavement were just some of the means that Renamo used in its warmaking. Renamo was generously backed by South Africa's apartheid regime – and also got some help from the Reagan administration”- in Helena Cobban - The Christian Science Monitor, February 14, 2002, USA .(http://www.people.virginia.edu/~hc3z/Hague-Milosevic.html). Esta citação foi retirada de revista Cristã Americana estimando em 1 milhão as vítimas da guerra e se refere aos métodos da RENAMO como atrozes utilizando Tortura, Mutilação, Escravatura – Sexual, Deslocados à Força, Morte por Jejum Forçado e Escravatura como “Estilo” de guerra.
Da FRELIMO já todos presumimos saber. Não é por acaso que nos Acordos de Roma se “perdoaram mutuamente”, a RENAMO e a FRELIMO, passando uma esponja sobre as ATROCIDADES …” Both sides agreed to a blanket amnesty for all acts committed during the war” ... Melhor não irmos por aí senão ainda sobra mais para a RENAMO comparada aos Khemers vermelhos do Cambodja por observadores imparciais e Internacionais dos Direitos Humanos. Sem esquecermos Slobodan Milosevic da ex – Jugoslávia detido por crimes de guerra.
Já é tempo de deixaram de evocar em vão o nome da “coitada” da Joana Simeão a torto e a direito por pessoas ressentidas com a Independência resultante da Luta Armada conduzida pela FRELIMO. Por vontade delas, Moçambique, continuaria a ser colónia de Portugal. O cronista desta coluna está à vontade para assim dizer porque é Independente e não precisa de agradar a nenhum grupo político. (fim de citação)....
E repito... que se saiba Joana Simeão nunca foi casada oficialmente com ninguém...o resto são interesses baixos políticos utilizando o nome da pobre JS...
Paz a sua Alma


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Saturado said...
Correccão:
Minhas desculpas que eu queria escrever biografia de Joana Simeão e não Joana Simango. Biografia de Urias Simango sei existe e apenas estranhamos que os problemas desta se falam na Matola.
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Se a Comissão de Verdade fosse um dos pontos da agenda no AGP, talvez levassem mais anos o sangue a derramar-se.
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Eric Morier said...
1. A justica: uma comissao da verdade e uma muito melhor solucao do que a Haia. Infelizmente uma ocasiao de ouro passou em 1992. Sera que havera outra oportunidade? Sera que pode se criar uma nova oportunidade?
2. A politica: Nao e usando a Joana que vai convencer alguem sobre as necessidades duma democracia mais profunda e aberta. Ela nao e credivel neste aspecto. E tambem nao pode pedir a gente so ver a Joana no periodo breve em que defendeu a democracia. Sejamos serio.
3. Antes de ser da Coremo, a Joana era mulher dum homem alto do regime portugues. Depois, abandonou o Coremo para entregar-se ao Portugueses e foi trabalhar como secretaria do Jorge Jardim que... nao hesitava matar e mandar matar para impedir a independencia de Mocambique - o plano de Lusaka so aparece em 1973.
4. Parte do trabalho da Joana nesta altura (como secretaria do Jorge Jardim, senao antes) foi de espiar os independentistas (inclusive os pacifistas) para o Jorge Jardim e a Pide poder actuar. Esse e seu "animal politico", Sr.Armando.
5. Uma biografia do Simango existe pelo Barnabe Nkomo. Muito interessante, embora com problemas - sobretudo afirmacoes definitivas de coisas que sao mal ou nao provadas. Mas um contributo para historia de Mocambique em todos casos.
6. A historia: ha necessidade de revisitar a historia incluindo outra gente que so os herois da Frelimo. Ai concordamos plenamente tambem. Esse e um trabalho de fundo que nao combina muito bem com a politica contemporanea - talvez causa dalguns malentendidos entre nos.
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Armando Martinsaa said...
O Eric deve saber - e se não sabe, vai aprendendo - que a Joana Simeão era um «animal político» desde os seus tempos do COREMO. Depois do '25 de Abril', ela e outros 'animais políticos' que não estavam na Frelimo tentaram jogar nos vários tabuleiros que se abriam para a formação de partidos em Moçambique. Acreditaram nos chamados 'capitães de Abril', que prometiam Democracia, mas depois veio o '7 de Setembro' e Joana, como outros, foram entregues 'aos bichos'. E acabaram assassinados! E é à volta destes últimos acontecimentos que se deve debater, ó Eric, pois Moçambique viu morrer centenas de milhar dos seus filhos na guerra civil (Frelimo-Renamo) e vai tardar (muitas décadas) a recuperar daquele desvario. E o que chateia é que há culpados que continuam no poleiro, impedindo que as novas gerações assumam o Poder e exercitem uma verdadeira Democracia social e económica, pois a miséria e a doença (que mata!) continuam a alastrar. Ó Eric, vamos falar sobre isto?
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Saturado said...

Eric Morier-Genoud,
1. Não entendo que dados quer? Minha identificação? Nunca senti-me obrigado a fazê-lo. Ao usar um nick não é para me esconder, ainda que não tenho interesse de insultar alguém. Estou a discutir com pessoas que penso que ao entrarem nos fóruns têm esse propósito. Mas para evitar equívocos, digo-o que Saturado é um indivíduo insignificante, “negro-macua”, nascido nos confins da província de Nampula. Na altura em que a Joana Simeão foi presa, e segundo se relata aqui pela polícia portuguesa e a entregou à Frelimo, o Saturado era um miúdo de 14 anos. O Saturado nunca se encontrou com a Joana Simeão pelo que fica grato ao ler relatos de gente com ela se encontrou e estudos feitos sobre a sua vida. Do outro lado, lá do daquele que veio com a primeira versão, era só cantar Joana reaccionária.
2. Pelo que me parece, o senhor foi induzido pelos mesmos indivíduos que não só mataram a Joana Simeão, mas a muitos outros também, como Simango, Kambeu, Gwengere, etc. O que o Sérgio Vieira e cia podiam dizer? O caso da Joana Simeão não é singular e o senhor deve saber bem. A conecção de qualquer crítico à PIDE como se SNASP fosse alguma organização de mal menor que a primeira, é um hábito da minha praça. Se não é tal conecção a fazer-se, é chamar-se a um indivíduo de saudosista ao regime colonial. Na minha praça procura-se dividir cidadãos como se existessem moçambicanos-moçambicanos e moçambicanos-não moçambicanos com base no conformismo ou ao contrário. E, são estas coisas que já me saturaram. Sabe senhor, há pessoas que perguntam, se os que mataram estes “negritos”, os poucos intelectuais na altura, não estavam a ursurpá-lhos.
3. Até aqui, ninguém disse a quem a Joana Simeão teria morto, mas ela foi morta, pelo que ela foi vítima da Frelimo.
4. Na minha opinião este caso não é de Haia, mas este é um ponto de vista individual. Não estando a falar apenas do destino não esclarecido da Joana Simeão, mas de muitos outros políticos, precisamos duma comissão de verdade. Há muitos que acham-na necessária. E, isso a Frelimo nega, porquê?
5. Eu asseguro-lhe, senhor Eric, que se eu tivesse a capacidade intelectual e financeira e interesse de escrever biografias, estudaria a vida da Joana Simango, porque penso valer a pena.
Um abraço

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Eric Morier said...
1. Crime e crime e acho que devia ser esclarecido senao julgado. Neste ponto penso que concordamos. So acho que falar da Haia e absurdo - sabem dos procedimentos?
2. Ao que entendo, a Joana so comecou a defender a democracia quando a Frelimo esteve para chegar ao poder (a nao ser que me prova o contrario). Nao penso por isso que a democracia seja o assunto.
3. A Joana foi intimamente ligada ao poder Salazarista. Desde o tempo dela em Portugal. Em Mocambique foi secretaria do Jorge Jardim. Em Maio 1974 andava em Mocambique sob escolta militar portuguesa. Penso que o nacionalismo dela tem que ser qualificado, pelo minimo.
4. Nao sei com quem esto a falar. Um senhor "saturado"... e escondido (como muito outros neste site internet). Escondido ou nao, porque nao nos conta a sua visao e nos da os seus dados?
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Saturado said...
Eric Morier-Genoud,
1. Falta-nos a sua opinião sobre a instância em que a morte da Joana Simeão devia-se esclarecer, sabendo-se que a justiça moçambicana se demite e quer declará-la desaparecida.
2. Não penso que há quem obriga a você para admirar à Joana Simeão e quem quer que seja. Numa sociedade livre, que esperavamos mas não existiu em 1974/1975, as pessoas admiram alguém por convicção própria e não por imposição. Quanto aos casos como da Joana Simeão, encontro-me revoltado à Frelimo, por ela [Frelimo] ter me imposto a cantar “Joana reaccionária”. Até hoje ninguém me disse o crime que ela havia cometido. Seria o facto de ela defender o multipartidárismo e eleições livres? E se for isso que o Sérgio Vieira, Armando Guebuza, Joaquim Chissano, Marcelino dos Santos (para falarmos mais dos vivos) é o que acharam-na de criminosa, não ela uma grande heroína que morreu por uma causa que agora tenta a ser uma realidade não só em Moçambique mas no mundo inteiro? O senhor Eric nos ajudaria, se nos descrevesse esses erros políticos com fontes fiáveis como o João Craveirinha nos ajuda e promete-nos mais. Aliás, o senhor não acha estranho que os “camaradas” que nos obrigaram a cantar “Joana reaccionária”, recusam-se a reagir pública e oficialmente quando perguntas surgem em livros que resultam duma investigação sobre casos como os de M’telela? Afinal quem cometeu muitos erros políticos?
3. O sr Eric escreve que se queremos encontrar um herói nos inimigos da Frelimo, podemos encontrá-lo melhor, não é difícil. Mas eu, digo ao senhor, mais uma vez, que está a nos reproduzir os discursos retrógrados e balofos. As vezes os servidores do regime colonial, autênticos inimigos da Frelimo estão no topo da Frelimo com todas mordomias. Estranho, não é?
Aquele abraço

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Eric Morier-Genoud said...
Nao e compensar. Crime e crime e tem que ser julgado. Mas sera que cada assassinato nao esclarecido tem que passar para a Haia? Acham que este tribunal e para isto?
No que toca a Joana, eu nao tenho admiracao por ela. Nao conheci, mas pelo que eu entendo ela fez muitos erros politicos e se deixou manipular (ou foi manipulada) a mais.
Se querem encontrar um heroi nos inimigos da Frelimo, podem encontrar melhor. Nao e dificil.
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Armando Martinsaa said...
O Eric não sei quê quer 'compensar' o assassinato de Joana Simeão, às ordens de Machel, Vieira e outros 'kamaradas', com o facto da activista política ter trabalhado «para os Portugueses»? Ó Eric, vai-te catar!
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Saturado said...
Desculpa-me, senhor Eric Morier Genoud, porquê precisaria a Joana Simeão trabalhar para a PIDE e para os portugueses? Será que há quem disse que ela não se sentia mocambicana? Não estamos a voltar para os discursos vazios que criaram M'telelas? A história sobre como ela foi morta se percebe pelo texto do João Craveirinha comentando ao artigo. Duvido que M'telela não seja um crime contra os direitos humanos. Por outro lado, estamos perante um crime em que a justica mocambicana se acha incapaz de julgá-lo. Então, qual será o passo a seguir? Para mim, o caso M'telela deve ser esclarecido duma vez para sempre.
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Eric Morier-Genoud said...
A Haia, para fazer o que? Nao creio que o assassino da Joana seja um crime contra a Humanidade. Crime, de certeza. Humanidade... Nao vamos confundir a Humanidade com uns politicos...
Mais, se nao me engano, o Joana trabalhou com a Pide, para os Portugueses, etc. Talvez para uns seja uma coisas boa. Mas para outros nao era. Para todos, deviamos estar claro que a Joana nao foi um anjo
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sanna said...
Sim.
Sergio Vieira e outros tem que ser levados a Haia.
cometeram crimes contra a humanidade.
tiraram a vida a muitos Mocambicanos so porque nao comuncavam com as ideias da frelimo.
vamos lutar juntos ate ao juizo final
nao os deixamos impunes
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Adelino Serras Pires said...
Moçambique sabe que o principal responsável pelos assasinatos da JS e outos milhares de moçambicanos, foi Sergio Vieira. Que esperamos para o enviar para Haia?
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João Craveirinha said...
Achegas a Joana Simeão
Intro: Mitelela (Niassa Oriental - Nova Viseu), último local em que Joana Simeão foi vista pessoalmente por mim e quando nos cruzavamos (escoltados) me cumprimentava com cordialidade.
1. Este caso não é único em Moçambique. Talvez seja do paradigma jurídico de Moçambique ser decalcado do de Portugal.
Aconteceu também em Cascais - Portugal na década de 1990 no pedido de divórcio de uma senhora cujo marido (oficial da PJ - Pide) esteve nesse grupo da Joana Simeão e também "oficialmente" desaparecido.
A senhora em causa não podia comprar casa em Portugal e outras formalidades bancárias pois constava CASADA com comunhão de bens nos seus documentos e o nome do cônjuge.
2. Esquisito este dito 2º "casamento" da JS só surgir ao conhecimento agora visto nunca ter ouvido falar dele.
3. JS teve uma Filha com um diplomata de Mobuto e viveu na Suécia.
4. Não esperem nada da Filha nascida na Suécia a viver em Maputo pois praticamente foi inconscientemente "manipulada" pela Frel para regressar "quase compulsivamente" a Moçambique na década de 1990. Vivia "asilada" num bairro social em Oeiras - Portugal e indocumentada com 18 anos de idade e um filho ou filha bébe nos braços. Foi quando a vi e tentei ajudá-la. Já era tarde demais.
5. Seus padrinhos suecos (que conheci) idos a Portugal especialmente para o efeito de "resgate" bem que tentaram levá-la para a Suécia pretendendo adoptá-la. Mas já era tarde e as autoridades portuguesas de imigração também não facilitaram pelos vistos.
6. A tia materna que vivia em Angola e pretendia regressar a Moçambique contactada pela Frel é que tratou de tudo.
7. Na História oficial da FRELIMO nos nomes dos estudantes nacionalistas moçambicanos activos em Portugal consta o nome da tia em vez da mãe Joana Simeão (JS). No entanto segundo colegas de Joana Simeão da altura a mais dinâmica e mais activa na política era ela a JS e não a irmã que nunca teria participado em nada de registo.
8. A Joana Simeão era muito controlada pela PIDE segundo as mesmas fontes directas...com os quais tinha contactos para sobreviver.
9. Sei de outros detalhes mas fica para o livro.
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Fernando Gil said...
Deduzo que o difícil é alguém em Moçambique passar uma certidão de óbito de Joana Simião e o "desgraçado" do marido só teve esta saída: fica assim "divorciado" em vez de "viúvo", mas deixa de ser "casado". Esperteza de advogado, certamente..., neste país de faz de conta.
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sanna said...
Incrivel!!!! E TERRIVEL
este juiz deveria ser processado.
Nunca vimos uma coisa destas no Mundo.
O marido que pergunte ao Sergio Viera, Armando GUEBUZA, MARIANO MATSINHE OU ATE JOAQUIM CHISSANO PARA CERTIFICAREM A MORTE DESTA GRANDE MULHER
TESPEITEM AOS QUE JA NAO FZEM PARTE DE MUNDO.
LAMENTAVELMENTE; SO EM MOCAMBIQUE