domingo, 31 de maio de 2015

8 dicas para estimular seu filho a escrever


Olá leitores do Canal do Ensino,
Como criar um ambiente favorável para despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita
Para qualquer lugar que se olhe é possível perceber: vivemos em um mundo letrado. Nomes de lojas, indicações no trânsito, anúncios, destinos de ônibus, embalagens de produtos, na caixa do brinquedo, no videogame, as letras estão por toda a parte, dentro e fora de casa. E por isso, o contato das crianças com a escrita acontece muito antes de isso ser trabalhado formalmente na escola.
São os pais, portanto, os primeiros a terem a oportunidade de apresentar esse maravilhoso universo a seus filhos e ajudar a tornar a escrita, mais do que algo prático, em um prazer. Não se trata, no entanto, de assumir a missão de ensinar o filho a escrever. Apenas criar (e manter) uma boa base para o trabalho que a escola fará depois.
“Tão importante quanto um ambiente que seja favorável e estimule a curiosidade é o respeito ao ritmo da criança. Não é saudável a ansiedade em ver o filho escrevendo precocemente, pois isso gera uma pressão que poderá levar a um desinteresse mais para frente”, comenta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Mesmo após o período de alfabetização, há muito o que fazer em casa. “É preciso trazer a escrita para a rotina e envolver a criança em situações nas quais ela é utilizada”, defende Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).
As duas especialistas apresentam dicas de como despertar e ajudar seu filho a manter o gosto pela escrita.
Repensar a própria relação com a escrita
Para que o estímulo seja efetivo ele deve vir de alguém que tenha real envolvimento com a escrita. “É preciso deixar de encarar a escrita como um bicho-papão, enfrentar seus próprios medos e limites. Caso contrário é como alguém que não gosta de brócolis querer convencer o filho de que brócolis é gostoso”, afirma Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília). “Quem tem dificuldades ou receios pode aproveitar o momento para vencê-los junto com a criança e criar novos hábitos relacionados ao ato de escrever”
Saber que tudo começa com a leitura
Quem lê bastante escreve bem. Seguir as recomendações de como incentivar o gosto pela leitura é também estimular a escrita
Criar um ambiente no qual regras são seguidas
Para escrever é necessário seguir regras. “Não posso escolher qualquer letra para escrever a palavra casa. É preciso seguir a convenção estabelecida e isso é mais facilmente compreendido por quem está acostumado com regras”, diz Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O ideal, então, é envolver a criança na dinâmica familiar, indicando que ela, assim com os demais membros da família, possui deveres. “Para os pequenos pode ser algo simples como colocar o travesseiro no armário. O importante é que haja algo e isso vá se ampliando conforme as condições de cada faixa etária”, explica
Usar a escrita rotineiramente
Manter papel e lápis ao alcance de todos da casa e não perder a oportunidade de usá-los nunca. “Chegou tarde em casa e o filho já estava dormindo? Deixe um bilhete dizendo que você passou no quarto dele para dar um beijo de boa noite”, exemplifica Silmara Carina Munhoz, doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília).
Outro bom momento é a hora de fazer a lista de compras do supermercado, que pode ser escrita de forma conjunta, até mesmo pelos menorzinhos (que podem “anotar” desenhando ou rabiscando que é preciso comprar sua bolacha favorita)
Promover jogos e atividades com escrita
Sua filha é fã de um ator ou grupo musical? Que tal, juntas, procurar fotos e informações e escrever um perfil dele? O menino torce para um time de futebol? Chame-o para fazer como você um cartaz do time, com as principais conquistas e jogadores famosos. Ou seja, a sugestão é aproveitar os assuntos de interesse para produções escritas.
“Mas é importante que isso não se torne uma obrigação. E é para ser feito a quatro ou mais mãos, de forma prazerosa. Não pode ser uma tarefa que a mãe passa para o filho fazer sozinho e que irá cobrar depois”, ressalta Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
Valorizar a produção
“As primeiras tentativas da criança serão rabiscos. Ela fará um garrancho e irá dizer que desenhou a mãe, o pai, a avó. É preciso reconhecer este grande passo que é entender que um símbolo pode representar algo e não desestimular dizendo que aquilo não é o desenho de uma pessoa”, diz Silmara Carina Munhoz,
Isso vale para todos os momentos da escrita. Receber um bilhete e logo apontar que há erros como a falta de uma letra em uma palavra ou que, por exemplo, “casa” não é escrito com “z”, só irá reduzir a espontaneidade da criança.
Ao contrário, é preciso adotar pequenos gestos, como guardar um desenho ou um bilhete da criança, ou acompanhar o que o filho escreve em blogs ou nas redes sociais e interessar-me pela poesia que ele criou. “Isto mostra que você valoriza esta forma de comunicação”, comenta a doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB.
É importante também que os pais também produzam e compartilhem suas criações
Preocupar-se com a caligrafia na medida certa
Não é preciso exigir do seu filho excessos de capricho na letra. O importante é que seja possível entender o que ele quis escrever. Caso a letra prejudique o entendimento, vale chamar a atenção. “Um modo bastante prático é deixar um bilhete com um assunto de interesse de seu filho com trechos impossíveis de ler por causa da letra. Ele perceberá como isso atrapalha a comunicação”, sugere Sonia Maria Sellin Bordin, fonoaudióloga doutorada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Uma saída pode ser os famosos cadernos de caligrafia. Mas o ideal é debater o assunto com o professor para buscar a melhor solução
Não abandonar o processo
O envolvimento da família com a escrita não pode ser encerrado só porque já se percebe que a criança ou o jovem já tem total autonomia no escrever. Os bons hábitos e atividades devem ser mantidos e ainda ampliados, tornando-se algo natural na rotina.
“É um erro comum. Pais deixam de ler histórias assim que seus filhos aprendem a ler, privando a criança daquele momento que ela tanto gostava, o que só desestimula”, comenta doutora em psicologia e professora da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília)
Um abraço e até a próxima
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sábado, 30 de maio de 2015

De escuteiro a fundador da "Amazon das drogas" e condenado a prisão perpétua


Ross Ulbricht, 31 anos, criou o Silk Road, uma loja online que permitia a venda de drogas e outros produtos ilegais. A juíza quis fazer dele um exemplo e foi implacável: prisão perpétua sem liberdade condicional.
Segundo a acusação, Ulbricht acumulou uma fortuna de cerca de 18 milhões de euros LYN ULBRICHT/REUTERS
Há quatro anos, o jovem norte-americano Ross Ulbricht, um antigo escuteiro e bem-sucedido aluno universitário com licenciatura em Física e mestrado em Ciência dos Materiais, criou uma loja online para facilitar a venda de produtos que não se encontram em sites como a Amazon ou o eBay. Chamou-lhe Silk Road e colocou-a num canto escuro da Internet, um sítio que protege a identidade dos seus utilizadores e onde não se chega através dos browsersque usamos todos os dias para ler notícias ou partilhar fotografias de gatos nas redes sociais.
Em vez de livros novos ou telemóveis usados, quem entrava no Silk Road ia à procura de duas coisas, acima de tudo: anonimato e drogas. Muitas drogas.Cannabis e heroína. LSD e ecstasy. Mas também medicamentos que se vendem nas farmácias; garrafas de Krating Daeng – a forte bebida energética tailandesa que deu origem ao mais diluído Red Bull ocidental –; ou documentos de identificação falsos.
Durante três anos, o anonimato da operação e o aumento do volume de negócios no Silk Road renderam a Ross Ulbricht mais de 18 milhões de euros – a soma das partes que lhe cabiam por cada transacção feita entre compradores e vendedores, sempre pagas com a moeda virtual bitcoin, que não envolve bancos nem cartões de crédito.
Mas o obscuro mini-império de Ulbricht desmoronou-se em finais de 2013, quando foi detido por agentes do FBI numa biblioteca pública em São Francisco, no estado da Califórnia, em flagrante delito: estava a teclar no seu computador portátil e ligado à área de administração do Silk Road com o nome de utilizador Dread Pirate Roberts – nome do mítico e impiedoso pirata do livro The Princess Bride, escrito pelo norte-americano William Goldman.
Acusado de ser líder de uma organização criminosa – uma acusação geralmente reservada aos chefes da máfia –, e de seis outros crimes, Ulbricht foi condenado na sexta-feira a uma pena invulgarmente pesada: prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
De acordo com a lei norte-americana, a juíza Katharine B. Forrest não podia sentenciar Ross Ulbricht a menos de 20 anos de prisão, mas o criador do Silk Road já esperava pior, depois de a acusação ter pedido uma pena "substancialmente superior ao mínimo obrigatório". O que poucos esperavam, incluindo Ulbricht, era que a juíza quisesse fazer dele um exemplo, condenando-o à pena máxima que a lei permitia.
"O que você fez não tem precedentes. E, sendo a primeira pessoa a ultrapassar essa linha, senta-se neste tribunal como réu e tem de suportar as consequências desse facto", declarou Katharine B. Forrest, antes de proferir a sentença, que será alvo de recurso.
De escuteiro e bem-sucedido aluno universitário, Ross Ulbricht transformou-se no “chefe de uma organização digital de tráfico de droga que operava em todo o mundo”, segundo a acusação.
"Uma experiência"
A juíza sublinhou esse papel quando se dirigiu a Ulbricht na sala de audiências: "Não pode haver dúvidas de que ninguém está acima da lei, independentemente da sua instrução e dos seus privilégios. Todos são iguais perante a lei. Não pode haver dúvidas de que ninguém pode gerir uma enorme organização criminosa, e que essa actividade possa ser minimizada só porque existe apenas na Internet", disse Katharine B. Forrest. Admitiu no entanto que o criador do Silk Road "não encaixa no típico perfil de criminoso".
Foi nessa aparente disparidade entre o perfil de rapaz bem integrado e instruído, e o rótulo de perigoso criminoso internacional, que a defesa apostou para tentar convencer a juíza de que Ulbricht nunca pensou em criar uma organização criminosa – o Silk Road foi uma "experiência na área da economia", um "mercado sem interferência do Estado, aberto a todas as oportunidades".
Numa carta enviada à juíza no início da semana, Ulbricht mostrou-se arrependido e pediu clemência, argumentando que o tempo que já tinha passado na cadeia foi suficiente para "reflectir" sobre as suas "acções": "A ideia do Silk Road era dar às pessoas a liberdade para fazerem as suas próprias escolhas, para alcançarem a sua felicidade. Em vez disso, transformou-se num caminho conveniente para satisfazerem a dependência de drogas. Não defendo nem nunca defendi o uso excessivo de drogas. Com o Silk Road aprendi que quando damos liberdade às pessoas, nunca sabemos o que vão fazer com ela", escreveu Ross, ele que era conhecido pelos seus ideais libertários.
Em tribunal ficou provado que Ulbricht ganhou milhões com uma loja onlineque permitia a venda de drogas ilegais, e que pelo menos seis pessoas morreram após terem consumido drogas compradas no Silk Road. Mas a dureza da sentença deixou os seus apoiantes em estado de choque, e a sua mãe, Lyn, perdida numa floresta negra em busca do filho que conhecia: "Eu sei que se o Ross saísse da prisão amanhã, as autoridades nunca mais ouviriam falar dele. O Ross não é uma ameaça maior para a sociedade do que 

Dossiê 27 de Maio o “cansado” , nunca se cansava – Fernando Vumby


Alemanha - Em cada dia 27 de Maio penso simplesmente naqueles tantos amigos e conhecidos que partiram daquele jeito tão brutal entre eles , um que foi sempre tão especial para mim e como uma dádiva de Deus que o tinha enviado para compartilhar comigo vários momentos das nossas vidas até que a morte nos separou Adelino Xavier ( Adé )
Fonte: Club-k.net
Com ele partilhei o mesmo gabinete no ministério da defesa , o mesmo quarto em casa de sua mãe no Sambizanga e a mesma residência nos arredores do liceu Salvador Correia ao ponto que algumas pessoas pensavam que fôssemos irmãos .

Em fim o tempo correu veloz mais a lembrança destes amigos e conhecidos estará sempre presente em minha memória e embora não existe nada mais doloroso para mim do que escrever sobre os acontecimentos do dia 27 de Maio de 1977 por ter conhecido pessoalmente muitos dos assassinados assim como seus carrascos os nomes destas vitimas jamais esquecerei.

Os manos Paka ( Estevão & Condinho ) os manos ( Simeão & Isaías ) Sambo , Bavon , Kituandi , Kipuko , Xadú , Meno ,Perré , Pai ké , Avelino Lucombo , Kiferro , Feio , Mona Zanga , Elizeu Bondeca ,Elidio , Xana , Adi Narciso , Zeca Makalé ,Meno , Juka Ngandu , Juka Gurila , Luisa Fontes , Nandi , Verinha , Ngala Ngangi , Luiz Kitumba , Conceição , Nascimento , Julião , Mingo , Betinho , Zé Van Duen , Nito Alves , Eurico Gonçalves , Monstro Imortal , Nito Alves , Cita Vales , Zé Vales , Jinguma , Pombal ,Borges entre tantos outros.

Cansado , é o nome de um agente da secreta angolana que se tinha destacado e se tornou famoso pelo seu sadismo e apetência pelo sangue das suas vitimas em quase todas a cadeias por onde passava na hora da tortura.
Um homem que não teve piedade de ninguém e suas vitimas quanto mais seus conhecidos fossem mais condenados estavam á sofrer ate morrer em suas mãos ou de seus colegas.

Cansado para além de ter sido um dos maiores carrascos dos seus melhores amigos , foi visto em quase todas as cadeias e locais improvisados para tortura na cidade de Luanda logo depois que as ordens foram dadas para que não se perdesse tempo com julgamentos nos acontecimentos do 27 de Maio de 1977.
Nunca ninguém antes tinha conhecido este lado tão brutal e cruel do Cansado que agia como quem estivesse na situação em que se não torturasse e alinhasse para a morte os seus amigos seria ele mesmo eliminado e sendo assim tinha que provar fidelidade que estava do lado de Agostinho Neto.
O Cansado que conheci pessoalmente como uma pessoa calma e com ar de cansado quase sempre , estava totalmente transformado e andava de cadeia em cadeia como quem tivesse uma missão especifica que consistia mesmo só em torturar e espionar quem ainda estivesse vivo dos seus amigos.
.Pois foram raras as vezes em que depois que ele deu ás costas não surgiam outros agentes com listas onde constasse nomes de presos que depois foram levados e nunca mais apareceram .
Manos é difícil encontrar uma explicação racional para qualificar o tipo de assassinos como o Cansado , Osvaldo Inácio, Bonifácio , Carlos Jorge , Pitoko , Veloso , Xavier , Noé e outros tantos muitos dos quais nunca mencionados até agora em nenhum dos tantos livros que ja li sobre os massacres do 27 de Maio .de 1977.

Custa perceber o que se escondia por detrás daquela brutalidade toda sem o mínimo de piedade e remorso mesmo apesar das ordens dadas por Agostinho Neto se é que foi mesmo ele quem ás deu e de livre vontade .
Terá sido mesmo só raiva extrema pela morte dos comandantes , estariam todos liambados ao ponto que só mesmo vendo tantos cadáveres se conformavam que as ordens estavam sendo cumpridas milimetricamente ou havia as mãos de algum ( Diabo mulato ) como dizia o amigo Armindo J. Pombal comandando aqueles assassinatos ?
Este tipo de assassinos no fundo acabam por ser doentes mentais que mesmo hoje em tempo de dita ( paz ) não deixam de ser perigosos e é pena que o MPLA não os tenha submetidos á tratamento psicológicos .
Muitos desses ainda andam por ai diambulando pela cidade com ou sem medo verdade é que não deixam de ser perigosos e assustam ainda muita gente que os conhece porque são pessoas impossíveis de se prever , e pior do que isto incapazes de medir as consequências dos seus atos .
Não tenho duvidas que mesmo hoje alguns deles ainda jogam um certo papel importante na estratégia de governação de Angola por parte deste regime através da brutalidade para manter o controlo dos angolanos
Em vez de se gastar tanto dinheiro na compra de armamento para se perpetuar uma única pessoa no poder responsável pela morte também de tantos angolanos como consequência da sua ganancia e política anti -patriótica o regime deveria tratar estes homens que não são poucos .
.Pois estes mesmos homens qualquer dia quando atingirem o estagio máximo da sua perturbação á qualquer momento podem fazer estragos e quem sabe explodirem a sua fúria contra quem supostamente os abandonou e os explorou na hora em que os mandaram assassinar os seus próprios irmãos ?

Manos ainda vamos viver vários anos buscando explicações como foi possível por exemplo um Cansado e outros tantos assassinos terem sido os carrascos dos seus melhores amigos aliás como muitos são ainda hoje , quando as ordens para as matanças são decretadas pela cidade alta e alimentada pela casa militar.

Fórum Livre Opinião & Justiça


Fernando Vumby

Antigo “braço direito” de Savimbi revela que falta de sorte ditou derrota da UNITA

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Luanda - Miguel Maria N ́zau Puna, antigo Secretário Geral e Ministro dos Assuntos Internos da UNITA, foi o convidado do Programa “Memórias da Independência” da TV ZIMBO , desta quinta‐feira(28.05). Aquele antigo “braço direito” do veterano Jonas Malheiro Savimbi, apresentou‐se diante de Galiano, o apresentador do referido programa, numa quase rara vertente: despido de quaisquer preconceitos quanto ao seu papel na UNITA e o papel desta no processo que conduziu a independência nacional, o que mostra que afinal o tempo não só sara feridas, mas também refina as mentes.
Fonte: Club-k.net
Puna, que segundo contou, rompeu com o velho guerrilheiro, apos este o querer amputar a assumpção pública perante os EUA e consequentemente da opinião pública internacional, das mortes de Tito Chingunji e Wilson dos Santos, este último, o primeiro membro da delegação da UNITA a chegar á Luanda em 1975, apos a assinatura dos famigerados Acordos de Alvor, que conduziram a proclamação unilateral da independência de Angola, pelo MPLA de Agostinho Neto.

“Quem ganha a guerra conta a história” Puna, refutou teses muitas vezes sustentadas por altas patentes do regime, de cujo partido ele passou a fazer parte apos ter abandonado as fileiras do também conhecido movimento do galo negro, UNITA. Entre as teses refutadas destacam‐se:
1. As unidades militares da UNITA recebiam guarida dos militares da SWAPO em território angolano;
2. A UNITA não tinha capacidade para ganhar guerra;
3. A UNITA não tinha um exército, mas sim um grupelho de guerrilheiros e muitas outras teses.

Puna sustentou que as unidades militares da UNITA eram de facto fortes, coesas, bem equipadas, disciplinadas e que apenas faltou‐lhes “sorte” para ganhar a guerra. Referindo‐se a tese muito propalada pelo regime, segundo a qual, a UNITA era um instrumento do colonialismo português, o General e diplomata na reforma que conta agora com 72 anos de idade rematou: “Quem ganha a guerra conta a história” ao seu jeito, pelo que, Guilherme Galiano, o excelente apresentador do programa, que diga‐se de passagem saiu‐se muito bem por não tentar cortar raciocínios quando o entrevistado tocasse em questões “sensíveis” para o partido do regime, como acontece com toda a imprensa pública, concluiu: “ . . .E o MPLA. . .” conta ao seu jeito.

UNITA entende que os trabalhos da Assembleia Nacional sejam do conhecimento de todos os angolanos

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Luanda - O Grupo Parlamentar da UNITA entende fundamental que os trabalhos da Assembleia Nacional sejam do conhecimento de todos os angolanos, não existindo qualquer razão que justifique a aplicação de restrições à cobertura pela Imprensa, das sessões Plenárias. Um Estado que se afirme Democrático e de Direito, deve respeitar as suas leis, nomeadamente a Constituição da República de Angola, que garante o Direito de informar e ser informado.
Fonte: UNITA

Pela importância dos conteúdos tratados nas últimas Sessões Plenárias e pelo facto da não permissão das transmissões que levem todos os cidadãos terem conhecimento dos mesmos, entendemos divulgar o seguinte:

Plenária de 21 de Maio de 2015 – Nesta Sessão Plenária, encontravam­ se agendadas duas iniciativas relacionadas com questões eleitorais, sendo uma da iniciativa da UNITA e outra uma proposta do MPLA. Sendo as matérias constitucionais e eleitorais, de fundamental importância para o país, a Direcção do Grupo Parlamentar da UNITA trabalhou com as Direcções dos Grupos Parlamentares da CASA­CE, do PRS e com a FNLA, tendo daí resultado a apresentação de uma posição comum, em forma de Contra Proposta ao Plano das Tarefas Essenciais Para a Preparação da Realização das Eleições Gerais e Autárquicas. Os Partidos de Oposição enriqueceram o Plano de Tarefas originalmente apresentado pelo MPLA, tendo retirado do Plano original os pontos cujos conteúdos não tinham respaldo jurídico­ legal das democracias funcionais, bem como conteúdos não prioritários para os objectivos pretendidos. Foram inseridas novas propostas legislativas e agilizada a preparação das condições efetivas para a realização das eleições autárquicas. 

Após encontros de aproximação, o Grupo Parlamentar do MPLA decidiu subscrever a Contra Proposta apresentada pelos Partidos da Oposição, tendo sugerido alguns acréscimos à mesma, que foram aceites. Foi também acordado que o SIGEPE – Sistema de Gestão e Informação dos Processos Eleitorais, de iniciativa da UNITA, fosse retirado da Agenda da Plenária para passar a integrar o Plano de Tarefas para a Realização das Eleições. Pelas razões acima indicadas, foi possível que todas as bancadas parlamentares votassem favoravelmente o Plano de Tarefas para a Realização das Eleições Gerais e Autárquicas, o que foi saudado por todos, pois embora seja muito raro, é possível na salvaguarda do interesse nacional, serem obtidos amplos consensos. Certamente, todos os angolanos esperarão, que o futuro confirme na prática, esta manifesta predisposição. Sessão do dia 22 de Maio de 2015 – Debate Mensal sobre o Salário Mínimo Nacional – Tendo sido agendado o debate desta importante questão, a sessão teve o seu início como tem sido habitual.

Pouco depois o Presidente em Exercício do Grupo Parlamentar da UNITA, Adalberto Costa Júnior, solicitou um Ponto de Ordem à Mesa da Assembleia, para pedir explicações pelo facto dos jornalistas estarem a ser impedidos de recolher dados sobre a sessão ou de poderem transmitir o debate que estava a decorrer. O Presidente da Assembleia solicitou a resposta ao Secretário ­Geral, não tendo a explicação satisfeito, nem mesmo aos próprios jornalistas. Infelizmente, pouco depois a Segurança da Assembleia, em cumprimento de instruções da Mesa, retirou todos os jornalistas da sala, o que motivou um pedido de suspensão do debate (Regulamentar, de 15 min), por parte dos Partidos da Oposição. Regressados à sala e, após solicitação da retomada do debate com a presença da imprensa, a Mesa da Assembleia recusou terminantemente a reentrada dos profissionais de comunicação social, motivando por consequência a recusa dos Deputados em retomarem a palavra, naquelas condições de violação das Leis e da CRA. O Grupo Parlamentar da UNITA considera inaceitável que a Assembleia Nacional, representante do Poder Legislativo, um dos pilares essenciais do Estado Democrático e de Direito, atente contra o interesse dos angolanos, negando-­lhes o direito de poderem acompanhar os trabalhos dos seus eleitos e, desse modo, o povo angolano poder exercer a sua soberania.

É lamentável que o Grupo Parlamentar do MPLA, numa tentativa de desviar responsabilidades da decisão da Mesa da Assembleia ou a interferência “das Ordens Superiores”, venha com subterfúgios, questionar a continuidade dos debates mensais, deturpando o que ocorreu, que não é mais do que a incapacidade do actual regime político, em aceitar as regras democráticas e o respeito das leis. A negação das transmissões dos debates da Assembleia Nacional, procura esconder a todos os angolanos, a total falta de argumentos, o desgaste, a falta de soluções do regime e da sua bancada parlamentar, perante os desafios da má governação, da corrupção, do desrespeito pelos direitos humanos, da grave crise económica e social, da perda de valores, enfim do apego a qualquer preço ao poder. Angola carece urgentemente de uma renovação dos mandatos e de uma alternância democrática, pois este regime está incapaz de garantir um futuro de estabilidade e de desenvolvimento a todos os seus filhos.
Feito aos 28 de Maio de 2015

O GRUPO PARLAMENTAR DA UNITA