MACRON,
O Presidente Francês, disse algo que nao agradou a muitos "o problema
de África é muito mais profundo do que recursos, é um problema
civilizacional [...] os africanos fazem até 7-8 filhos..." (Li o
relatório todo).
Eu estou de acordo com ele. Sim o nosso problema doa a quem doer é, sobretudo, civilizacional. Uns irão dizer que foi nessa base que se estendeu a colonização. É uma visão justa, mas não é o caso. Aqui o termo civilização de MACRON, se referia a regras, a modernidade.
Nós, por excelência, não gostamos de regras (plano, lei, limites, ordenamento, etc).
Volto já
Eu estou de acordo com ele. Sim o nosso problema doa a quem doer é, sobretudo, civilizacional. Uns irão dizer que foi nessa base que se estendeu a colonização. É uma visão justa, mas não é o caso. Aqui o termo civilização de MACRON, se referia a regras, a modernidade.
Nós, por excelência, não gostamos de regras (plano, lei, limites, ordenamento, etc).
Volto já
Comentários
Lyndo A. Mondlane Kkk..
eu so estava calado.. os amigos nos deveriam dizer as verdades na
cara.. e essa é uma delas, nao pode ser que alguem decida ter 9 filhos
confiando que as facturas as pagara o vizinho...prontos
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Entao estamos juntos aqui..kkkkj
Antonio Agostinho Essa valeu, espero que voltes.
Eliminar
Jessemusse Cacinda Vou convocar aqui o Eusébio A. P. Gwembe e o Ergimino Mucale que travaram um execelente debate no mural do Gilder Anibal (autor da frase - o cerebro do negro deve ser investigado) para aqui e conversarmos a respeito desta provocacao.
Eliminar
Américo Matavele Discordo
da sua aceitação a macrinisse desse senhor. Primeiro, civilização não
tem paradigma, e o que tem na cabeça macronada do francês é levar o modo
de vida europeu e fazê-lo de universal. A civilização é relativa. Os
polinésios, os índios na selva amazónica,
e outros povos "não descobertos" são civilizados segundo as suas
regras. Sobre África, o problema é querer paridade com o ocidente em
termos de modo de vida, e isso cria confusão porque cada modo de vida
tem suas bases. África quando foi "descoberto" era civilizado, tinha
grandes cidades (os yorubas, Sudão, Cushe, Zimbabwe, Manyikene, etc), e o
choque dos europeus foi de não ver o seu modo de vida reflectido na
civilização africana. Há uma história de um macaco que viu um peixe na
água, e rapidamente tirou-o de lá e atirou-o na terra, e quando o peixe
morreu, ele suspirou feliz e disse que pelo menos o peixe não morreu na
água. O macaco pensava que estava a salvar o peixe de se afogar na água.
Mesmíssima coisa com a visão macrónica que está a defender. Macronada
só.
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Ate
q tens razao, mas os efeitos practicos é q familias europeias com 2
filhos, tem q ajudar familias africanas com 9... eu como nao sou teorico
nao vejo logica
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Se queremos continuar a ter 9 filhos, devemos seu autosuficientes.. entao seremos livres
Eliminar
Américo Matavele O
problema não é da ajuda. Se fosse da ajuda diríamos que a Europa é que
fez África. Antes da chegada deles o que faziam os africanos? Quantos
filhos tinham? Repito, o Macron tem uma visão europeia da civilização.
Infelizmente, muitos de nós temos a mesma
visão. Para nós o padrão ideal de uma civilização deve se aproximar ao
modo europeu de vida, mas há várias formas civilizacionais que garantem
um nível de vida melhor. Dei o exemplo dos índios que não têm prédios,
não têm viaturas, mas têm um nível de vida melhor. Se sairmos da caixa
em que nós mesmos insistimos me entrar, veremos que temos muito, mas
muito mesmo para termos um nível de vida bom. Nós estamos condicionados
pelo paradigma do pensamento europeu.
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Acho q nao é exactamente assim, o nosso padrao é o sustentavel???.se nao é sustentavel, ha q mudar, ai esta charles darwin
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Macron
diase o q disse por causa da nossa situaçao, viu o seu bolso e o
dinheiro q dedica a ajuda aos paises africanos, o dinheiro q dedica a
imigraçao irregular, ... se nao tivesse sido por factores negativos, se
fosemos um continente propero q necessitassemos
emigrar (o australiano q emigra a nova zelanda) por capricho, nao teria
dito nada do.estilo.. mas estamos como estamos e um.dos factores é
esse...uma machamba tipica de Thavane ja nao pode alimentar 9 crianças.
Eliminar
Gabriel Muthisse A
única solução, para a machamba de Thavane, que já não é produtiva, não é
planeamento. Há outras: semente melhorada, novos implementos agrícolas,
acesso aos mercados, adubos (naturais ou químicos), irrigação... essa
gente acha que tem soluções milagrosas para tudo. Agora a moda será o planeamento familiar!!!!
Lyndo A. Mondlane, aborda a pobreza. E isso nao só mandando "ajudas" da França. Aborda-se abrindo os mercados para colocarmos nossas produções lá. Aborda-se ajudando a industrialização de África. Aborda-se abrindo mais estradas, facilitando acesso à energia eléctrica... Não se aborda com soluções mágicas, do tipo Planeamento Familiar ou outras.
Já nos disseram que éramos pobres porque tínhamos muitas empresas públicas! Aplaudimos e privatizados tudo! Pobreza que é pobreza não acabou. Já nos disseram que era por falta de democracia. Aplaudimos. Tocamos a democratizar todo o continente. Pobreza continua aqui. Vieram com o conto de que as nossas economias eram fechadas. Aplaudimos. Abrimos as nossas economias até demais. Riqueza não apareceu.
Agora aparecem-nos com planeamento familiar! E com a nossa falta de civilização!!! E gente inteligente fica contente e bata palmas. Não has-de vir com uma ONG para promover o tal planeamento familiar, Lyndo?
EliminarLyndo A. Mondlane, aborda a pobreza. E isso nao só mandando "ajudas" da França. Aborda-se abrindo os mercados para colocarmos nossas produções lá. Aborda-se ajudando a industrialização de África. Aborda-se abrindo mais estradas, facilitando acesso à energia eléctrica... Não se aborda com soluções mágicas, do tipo Planeamento Familiar ou outras.
Já nos disseram que éramos pobres porque tínhamos muitas empresas públicas! Aplaudimos e privatizados tudo! Pobreza que é pobreza não acabou. Já nos disseram que era por falta de democracia. Aplaudimos. Tocamos a democratizar todo o continente. Pobreza continua aqui. Vieram com o conto de que as nossas economias eram fechadas. Aplaudimos. Abrimos as nossas economias até demais. Riqueza não apareceu.
Agora aparecem-nos com planeamento familiar! E com a nossa falta de civilização!!! E gente inteligente fica contente e bata palmas. Não has-de vir com uma ONG para promover o tal planeamento familiar, Lyndo?
Lyndo A. Mondlane Kkkk.. detesto as ONG, porque empobrecem mais q ajudam, tive (tenho uma), as pessoas nao deveriam viver de ajudas..
Essa é uma parte do.negativo, é certo q abrindo os mercados occidentais tambem.seria de grande ajuda.. mas os mercados occidentais nao se vao abrir para os que estao nem ai..
Te explico, estes paises nao produzem frutas tropicais (bom espanha ja produz mangas q se eagotam na alemanha e noruega) mas é dificil encontrar aqui alguma fruta tropical de mz, mas se encontra de costa de marfim, senegal etc.. nao achas extranho isso?? É culpa do.europeu ou nossa q nao estamos.muito la para exportar???
Tenhi um.amigo q necessitava amemdoim, para o.mercado espanhol, apesar das suas tentativas nao houve como, porq nao encontrava amendoim no.mercado.nacional nas quantidades q se requeriam.. De quem é a culpa??? De macrom???
Nos nao somos nenhuns santinhos amigo Gabriel Muthisse, temos parte da culpa do estado em q estamos...
EliminarEssa é uma parte do.negativo, é certo q abrindo os mercados occidentais tambem.seria de grande ajuda.. mas os mercados occidentais nao se vao abrir para os que estao nem ai..
Te explico, estes paises nao produzem frutas tropicais (bom espanha ja produz mangas q se eagotam na alemanha e noruega) mas é dificil encontrar aqui alguma fruta tropical de mz, mas se encontra de costa de marfim, senegal etc.. nao achas extranho isso?? É culpa do.europeu ou nossa q nao estamos.muito la para exportar???
Tenhi um.amigo q necessitava amemdoim, para o.mercado espanhol, apesar das suas tentativas nao houve como, porq nao encontrava amendoim no.mercado.nacional nas quantidades q se requeriam.. De quem é a culpa??? De macrom???
Nos nao somos nenhuns santinhos amigo Gabriel Muthisse, temos parte da culpa do estado em q estamos...
Lyndo A. Mondlane Nao
ha q aceitar tudo o q diz o occidental, dentro do q diz, ha q tirar
aquela parte q tem razao.. isso é certo, privatizmos empresas porq FMI e
BM, acharam que era o ouro, e o ouro nao vimos..
Eliminar
Gabriel Muthisse Lyndo A. Mondlane, faz um google sobre acesso ao mercado europeu. Há-de entender o que estou a dizer. É matéria de economia.
By the way, exportamos uns camaroizinhos para aí. Não é disso que falo
EliminarBy the way, exportamos uns camaroizinhos para aí. Não é disso que falo
Lyndo A. Mondlane Si
sei q ha barreiras, sei disso amigo.. mas me refiro q o ananas, a
manga, a papaia, nao se produz na europa, se queres trazer aqui
pessegos, ou maças, ou tomate vais ter problemas, mas nao tanto nos
productos q indiquei antes e outros... marrocos tem problemas porque
produz o mesmo q espanha e portugal e italia.. mas costa de marfim e
peru nao tanto
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Gabriel Muthisse,
nao so adubos, a agua.. essa escasseia, a proxima grande guerra sera de
agua, de nada serve ter adubos ja sejam esses organicos se nao tens
agua,
em thavane nao ha agua, tem Nwapue que é salobre, murindze secou ha muito tempo, nao chove o suficiente, ha q ver esses factores, aquelas machambas ja nao poderao produzir como faziam antes incluso nos anos 80...
Eliminarem thavane nao ha agua, tem Nwapue que é salobre, murindze secou ha muito tempo, nao chove o suficiente, ha q ver esses factores, aquelas machambas ja nao poderao produzir como faziam antes incluso nos anos 80...
Gabriel Muthisse Israel tem terras menos férteis que Thavane. Sabia, Lyndo A. Mondlane?
Gabriel Muthisse Estão
a tomar o sintoma por causa do problema. Planeamento familiar pressupõe
educação, pressupõe informação e pressupõe acesso fácil a serviços de
saúde. As minhas e as vossas primas e irmãs, nas nossa aldeias de origem
têm a educação e a informação necessárias
para entender que o planeamento familiar é essencial? Têm acesso a
clínicas? Os vossos e meus irmãos, lá nas nossas aldeias, possuem a
educação e a informação necessárias para aceitarem a sugestão das
esposas quanto à necessidade do planeamento familiar? A falta de
educação, a assimetria de informação, a falta de clinicas não são as
faces visíveis da pobreza?
Não é a falta de planeamento familiar que é o problema. O problema é o subdesenvolvimento. Nós, que já temos essa informação não é por sermos mais expertos que os outros. É simplesmente porque tivemos acesso à educação.
Daqui a pouco há-de andar tudo cheio de ONG a promover planeamento familiar!!! O problema não está aí. Coloquemos escolas, disponibilizemos (fluxos de) informação... que haja médicos, clinicas e equipamentos médicos... As nossas mulheres e irmãs serão tão "civilizadas" quanto as outras.
E creiam, no dia que tivermos escolas, clínicas, médicos, estradas, mercado funcional... já não precisaremos nem de ajudas, nem de que alguém nos venha ensinar a sermos civilizados
EliminarNão é a falta de planeamento familiar que é o problema. O problema é o subdesenvolvimento. Nós, que já temos essa informação não é por sermos mais expertos que os outros. É simplesmente porque tivemos acesso à educação.
Daqui a pouco há-de andar tudo cheio de ONG a promover planeamento familiar!!! O problema não está aí. Coloquemos escolas, disponibilizemos (fluxos de) informação... que haja médicos, clinicas e equipamentos médicos... As nossas mulheres e irmãs serão tão "civilizadas" quanto as outras.
E creiam, no dia que tivermos escolas, clínicas, médicos, estradas, mercado funcional... já não precisaremos nem de ajudas, nem de que alguém nos venha ensinar a sermos civilizados
Gabriel Muthisse Moçambique
não é Alicante, ou Sommershield ou Brasil. Moçambique é Thavane, é
Madzukane, é uma aldeia perdida do Lago. Vão lá falar de planeamento
familiar lá!
Eliminar
Francey Zeúte Com
isto, as gentes que vivem nas Sommershields deste Moz nao pertencem a
este mesmo Moçambique que inclui Thavane, Madzukane? Eu vejo como
problemática esta forma de olhar para o nosso pais. Quando o assunto e'
apontar algum avanço, melhoria de qualquer coisa que seja, as pressas
as Sommershields ja contam para as estatísticas, para embelezar os
reports...
Eliminar
Gabriel Muthisse A gente da Sommershield faz planeamento familiar, Francey Zeúte. Quem vive lá e não faz, terá sim problemas civilizacionais, como diz Macron
Eliminar
Francey Zeúte Mas
o nosso Governo nao e' ele que esta na dianteira no incentivo ao
planeamento familiar? 2 - Se a alta natalidade em Madzukane, Thavane...
continua a estorvar o desenvolvimento de que todos os dias o mesmo
Governo diz trabalhar para proporcionar aos moçambicanos,
podemos ou nao admitir que a posição de MACRON nao e' de todo injusta
ou infeliz? O problema, neste assunto, so existe por olharmos para quem
disse o que disse. No fim do dia sabemos que a alta natalidade e' sim um
problema.
Eliminar
Gabriel Muthisse A causa da pobreza não são muitos filhos!!! Não somos pobres por ter muitos filhos
Eliminar
Gabriel Muthisse Temos muitos filhos por sermos pobres
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Esse
problema incluso é a nivel familiar e pessoal, quantos mz de poucos
filhos tem q ajudar no fim do mes outros irmaos de mais filhos, incluso
adoptar sobrinhos.. a responsabilidad individual é muito importabte,
agora extrapole isso a nivel superior
Eliminar
Gabriel Muthisse E
esses moçambicanos de poucos filhos são ricos, Lyndo A. Mondlane? Uma
coisa não tem nada a ver com outra. Conheço pessoas com muitos filhos
que não vivem na pobreza.
Lyndo A. Mondlane Te
entendo amigo, mas ai esta o governo para ir extendendo o planeamento
familiar a todos cantos, isto nao é de um dia a outro.. mas por algum
sitio ha que començar... as populaçoes de mz rural estao a mudar, da
mezma forma q ja tem telef e watsapp..sao meios estes de fazer chegar a
mensagem
Eliminar
Fatima Cordeiro Hahahha
verdade. Pena que doa quando dito por estrangeiros! E não so, não nos
esqueçamos que o Ministro das Finanças falou nisso.
Eliminar
Fatima Cordeiro Gabriel Muthisse
importa sim ao Governo falar de planeamento nessas zonas. Não estariam a
fazer mais do que a sua função: educar, informar e planear políticas
publicas mais concretas.
Eliminar
Venancio A. Cumaio So espero que esse conceito tenha tomado outro significado ja que o mundo é estático. Se a perspectiva dele for essa sim.
Eliminar
Gabriel Muthisse E
acha que é só falar, fazer campanhas? Aliás, isso se faz, até demais.
Mas precisas de ter a clínica lá, o médico lá, as pílulas lá... Não vês
onde está o problema Fatima Cordeiro
Eliminar
Fatima Cordeiro E onde esta o problema?
Eliminar
Fatima Cordeiro Para que, identificado possa deixar de ser problema.
Eliminar
Gabriel Muthisse As pessoas não fazem planeamento físico porque são pobres, Fatima Cordeiro
(não têm acesso à escola, não têm acesso à informação, as clínicas
ficam longe, só há médico na sede do Distrito, não têm acesso a pílulas,
pois onde vivem não há farmácias, não
têm estradas....) A causalidade é esta. E não a que nos sugere Macron,
segundo a qual somos pobres porque não fazemos planeamento familiar.
Presta atenção à causalidade, Fatima, pois isso é importante
EliminarPresta atenção à causalidade, Fatima, pois isso é importante
Fatima Cordeiro E a quem compete resolver esse assunto?
Eliminar
Gabriel Muthisse Aos
moçambicanos. Mas não se resolvem por decreto. É um processo complexo.
Não é só alguém, por mais presidente que seja, dizer: "vamos fazer 1000
kms de estradas asfaltadas" que essa estrada surge
Eliminar
Ismael Xicamane Gabriel Muthisse
discutir problemas com quem não pesca nada é o mesmo que obrigar uma
população a fazer planeamento familiar (PF), enquanto o básico não tem.
Este é o exemplo concreto para testificar que a pobreza é a mãe desta
problemática.
Celso Mapsanganhe E
se a populacao de Mocambique fosse de 10milhoes de habitantes ja
estariamos proximo da Franca? E quital a China que esta a crescer a
niveis mais assustadores que o Ocidente, e tem a maior densidade
populacional do Planeta? Acho que o Macron falou na perspectiva
de defender as opcoes pessoais. E o que dizer de uma Europa da
terceira idade, que anda na bancarota e a aumentar a idade de reformas
de muitos estados e com uma populacao de pensionistas muito alta? Ate ja
sentem saudades dos jovens para mobilizarem a economia. Os refugiados
estao a fazer um grande favor ao velho continente, mesmo que nao
reconhecam. Ha varios factores devem ser conjugados para o
desenvolvimento de um pais e nao so a natalidade.
Eliminar
Desidério EC Chambo É
preciso que a educação, não no sentido de padronizar as mentes, mas sim
no sentido de instruir e dar ferramentas para se libertar dos padrões,
chegue a todos. Não vais falar de planear e ser bem percebido, lá na
minha aldeia onde com 16 anos já se é pai.
Ou por outras, para ser homem tem que ter filho. Se com 16 começa ter
filho, com minha idade já tem uma equipa de basket e de onde vem o
sustento? Precisamos de civilização sim, não europeia como tal, mas
concentânea aos modus vivendo do século em que estamos
Eliminar
Rafael Eu concordo com Emmanuel Macron:
Não vale a pena fazermos muitos filhos se não os podemos sustentar. Não
vale a pena mesmo. Super população é um cancro para as sociedades
africanas...
Eliminar
Benny Matchole Khossa A
questão não é essa. Há países superpovoados que não têm os nossos
problemas. Uma das regras da dialéctica é a passagem da quantidade à
qualidade ou vice versa. É África está longe de estar super povoada.
Longe mesmo...
Eliminar
Fatima Cordeiro Filho É RIQUEZA HAHAHA
Calvino Cumbe Como concordam com ele vivendo vocês em África?
O problema de África não é do nr de filhos, mesmo para planeamento familiar vamos continuar dependentes do ocidente, abram olho.
EliminarO problema de África não é do nr de filhos, mesmo para planeamento familiar vamos continuar dependentes do ocidente, abram olho.
Benny Matchole Khossa Fale
por ti, meu irmão. Nós não gostamos de regras, nós não gostamos de
planos? A sério? Fale por ti e por aqueles que te deram procuração para
falares em nome deles. Eu não me revejo no teu post, Brazao Catopola
Eliminar
Brazao Catopola Certo.
Buene Boaventura Paulo Essa
é desculpa de mau pagador... O que tem de mau ter 8 filhos? E os que
têm 1 estão de todo felizes? A natalidade em África ainda não é o maior
obstáculo para o levantar vou deste continente, rumo ao desenvolvimento;
falta - lhe o combustível para o efeito (Boa governação e educação),
em condições atmosféricas favoráveis (sem chantagem dos que já há muito
levantaram voo).
Eliminar
Calvino Cumbe Ntsem!
Brazao Catopola Gabriel Muthisse
acho o seu ponto de vista muito importante no entanto acho que é
posterior a civilização, segundo MACRON. Exactamente por África ter
acesso a dinheiro, a projectos, apoios e não serem usados como devia que
ele chama a modernização. Uma sociedade
civilizada cumpriria (pode não ser totalmente) mas bem acima da média
dos propósitos dos projectos. Aqui está está o Q da questão. A
modernidade/civolizacao exige lei e a lei a responsabilização. Uma
sociedade que se predispõe a viver de apoios como diz o Lyndo A.
Mondlane esta condenada ao fracasso. Américo MataveAmérico Matavele
Estados civilizados, no entanto o significado de civilizado hoje não
pode ser estanque a aquele período ele também evolui... a civilização
que MACRON fala é uma adequação hoje do real com a capacidade de
sustentação e quando em África você faz 8 filhos e não tem como
sustentar não tem como chamar a isso de civilizado.
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Isso..
uma vez entrevistam um.senhor dos seus 50 anos, q acabava de chegar a
canarias de patera (aqueles barquinhos para pesca em.senegal) disse q
vinha a europa com 50 anos q acho uma.idade para estar estabilizado no
sitio onde se esta, porque tinha 9
filhos e nao tinha o suficiente para alimentar lhes, vinha de
algumanaldeia de senegal.. ora bolas quando decidiu ter 9 filhos nao
pensou nisso?? Q culpa tem.o europeu aqui???
Outra vez me dizia um primo tambem de muitos filhos.. veja la como estao teus sobrinhos, ajuda me por favor (estavam claramente desnutridos)
EliminarOutra vez me dizia um primo tambem de muitos filhos.. veja la como estao teus sobrinhos, ajuda me por favor (estavam claramente desnutridos)
Gabriel Muthisse Nunca viu casais com um filho desnutrido? Não se pode discutir um tema destes com factos episódios ou anedocticos...
Eliminar
Brazao Catopola Mas Gabriel Muthisse vai concordar que há maior probabilidade de replicar a desnutriçãoĺ quanto maior for o numero de dependentes.
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Dei
apenas exemplos amigo gabriel, e daria mais, se sao anecdoticos e.
Acontecem comigo, sao.mais gerais do que se pode pensar..se te cae um
rayo, deves de pensar q nesse dia cairam muitos.mais, nao deverias
pensar que esse foi unico raio q so tiveste azar...
o excesso de natalidade aumenta a pobreza, o que obriga muitas vezes
em recorrer a ajudas... aqui os ciganos que tem.natalidade muito alta,
esta provado que a maioria tem q recorer a ajudas sociais escassas ja de
por si.. ..
Eliminar
Gabriel Muthisse Estou
a tentar dizer -vos que a Europa não ficou ricA por ter poucos filhos.
Essa é uma mentira monstruosa. Aliás, a densidade populacional dos
países europeus é bem maior que a dos países africanos. Não nos venham
com contos
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Brazao Catopola,
matematicas puras.. a uma determinada quantidade inflexivel de
recursos, e a.maiores demandantes de recursos, resulta em deficit..
senso comum
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Acho
q no fundo nao é ter mais ou menos filhos, é ter o numero adequado.. o
sigauque um banquero com ingressos de 6.000 euros mensais, pode ter os
filho q quiser, mas o macuaca, q so tem uma machambinha em thavane,
deveria planificar se porque acabara transferido suas dificuldades aos
outros familiares, vizinhos ou o estado.. assim de simples..
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Espanha
teve o seu baby boom, nos anos 60, e muitas criançs tiveram q começar a
trabalhar com 9 anos ou por ai, claro q sobreviveram, mas nao é o
ideial.. aquela geraço ja esta.maior hoje, mas em termos de educaçao nao
teve mesmas oportunidades q este de 2 ou 3 filhos..
Eliminar
Gabriel Muthisse Os ciganos são pobres porque têm muitos filhos!!!!!!! Ya, vocês! Já vos lavaram o cérebro.
É ao contrário, Lyndo A. Mondlane. Os ciganos têm muitos filhos porque são pobres. Porque são discriminados. Porque vivem à margem da sociedade europeia...
Daqui a pouco hao-de nos vir dizer que os negros americanos ou brasileiros são mais pobres porque fazem mais filhos que os seus conterrâneos!
Acordem!!!!!!
EliminarÉ ao contrário, Lyndo A. Mondlane. Os ciganos têm muitos filhos porque são pobres. Porque são discriminados. Porque vivem à margem da sociedade europeia...
Daqui a pouco hao-de nos vir dizer que os negros americanos ou brasileiros são mais pobres porque fazem mais filhos que os seus conterrâneos!
Acordem!!!!!!
Lyndo A. Mondlane Leia outra vez Gabriel Muthisse,
nao disse isso, tem muiyos filhos e sao os principais beneficiarios da
assisyencia social isso é um dado.. pode ser conscidencia, mas é um faco
inegavel e por casualidade tem muyos filhos.. ou seja transferrm suas
responsabilidades a todos q pagamos impostos e nao é aceitavel...
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Tambem
porque se autodescriminam.. nao é proibido estudar aqui, mas raras
vezes vais veu um cigano na universidade.. ninguem lhes proibe nem lhes
impede o acceso a educaço, a diferença dos negros sul africanos no
apartheid ou os mz no tempo colonial, ha q tirar esse falso discurso de
que nao tem oportunidades porq sao discriminados.. eles tambem tem sua
boa dose de culpa... lhes conheço muito bem
Eliminar
Gabriel Muthisse Vai
ler a história dos ciganos, Lyndo A. Mondlane. Hás-de ouvir, também, um
americano branco, ou um brasileiro branco, a dizerem que os índios são
pobres porque bebem muito. Porque se auto-excluem. Se não conheceres a
história desses poços corres o risco de comprar essas estorietas.
Nenhum povo fica pobre por gostar. Muito menos os ciganos
Nenhum povo fica pobre por gostar. Muito menos os ciganos
Gabriel Muthisse Então Brazao Catopola acha que, para além do número de filhos, que são muitos, somos pobres porque não implementamos bem projectos? Ou entendi mal?
Eliminar
Brazao Catopola Não
não. Não disse isso disse que não nos importamos com a responsabilidade
das e nas coisas. Por isso disse que era preciso ler em que contexto
MACRON se referiu ele incide quase toda fala na necessidade de não
somente aplicar dar empréstimos etc, mas na responsabilidade dos
governos em relação a seu papel quer para cumprir com objectivos quer
para serem responsabilizados pelas suas responsabilidades.
Eliminar
Gabriel Muthisse Brazao Catopola, é isso que eu discuto. A nossa pobreza não se deve à falta de responsabilidade dos governos em relação a seu papel...
Eliminar
Brazao Catopola Acho que o termo Governo leva a uma percepção que nao é a que quero dar. Os Estados não têm sido responsáveis.
Eliminar
Gabriel Muthisse É por os Estados não serem responsáveis que somos pobres?
Eliminar
Brazao Catopola Sim
sim... em parte. O que eu digo é que nao nos sentimos bem em fazer as
coisas dentro de um modo civilizado. Aqui o que disse MACRON é simples.
Não é a escassez de recursos e dinheiro mas toda uma vontade de fazer as
coisas corretamente. Quanto dinheiro
nos é dado que podia, por exemplo, criar hospitais de referência? Há
duas semanas exactamente enquanto ocorria a reuniao do G20, quatro
presidentes africanos estavam em consulta na Europa. Mas são presidentes
que tem recursos e dinheiro. O que se passa aqui no fundo é uma questao
de regras, planificação a anteceder tudo. Lembro por exemplo o Dambisa
Moyo em uma palestra ter dito não dêem dinheiro a África esse vai para
fins pessoais e ai não foi problema porque foi uma africana e negra a
dizer. O que MACRON disse é o mesmo. Há coisas que podiam ser sanadas
pela civilização e a natalidade em larga escala em condições de pobreza é
uma delas
Eliminar
Hermes Sueia Brazao Catopola
a nossa maior pobreza é ética e moral..............já não podemos
continuar a tapar o sol com a peneira.............não há desenvolvimento
possível com o nível de degradação ética e moral no qual vivemos. AL
CAPONE tornou-se para muitos a maior fonte de inspiração..............
Eliminar
Lyndo A. Mondlane "Da
me dinheiro, por favor, tenho 5 filhos", tenho visto mendigos aqui com
esse cartaz a pedir esmola.. ésse é o nosso triste e lamentavel
comportamento
Eliminar
Gabriel Muthisse Ter
conhecimentos de economia ajuda a perceber os fenômenos de
desenvolvimento. E entender que muito desse discurso bonito é falacioso.
Só faltava ouvir isso. Que somos pobres porque não somos sérios!
Eliminar
Brazao Catopola Como o Gabriel Muthisse
justifica que desde 1990 até 2010 cerca de 1 trilhões de USD (Dambisa
Moyo - 2011- Dead Aid) foi enviado a África e em pleno 2017, 4
presidentes africanos saem em tratamento na Europa e Ásia? Temos um
exemplo que dói mas é real. A África do
Sul está a cair a olhos vistos. A promiscuidade - posso equiparar ou
mesmo dizer, a falta de seriedade - entre politica e negócios esta a
levar aquele país para o mais baixo nível econômico. Falta de seriedade
na visão sobre o estado e seu propósito .
Eliminar
Gabriel Muthisse Sabe, Brazao Catopola,
desisto. Vocês têm razão. Os índios brasileiros são pobres porque são
bêbados e preguicosos. Os índios americanos são pobres porque são
bêbados e gostam de se auto-excluir. Os negros americanos são pobres
porque só se interessam por mulheres. E,
como ensina Lyndo A. Mondlane, os ciganos são pobres porque fazem
muitos filhos e não se misturam. Os africanos não são sérios, são
corruptos e fazem muitos filhos. Todos eles! Não há nenhuma excepção!
Mas, sério mesmo, vocês acreditam mesmo que existem povos como os que vocês pintam? A história não vos diz nada? Os termos do comércio internacional não vos dizem nada? As lições de economia de desenvolvimento não vos dizem nada?
Há mais conhecimento para além das Dambisa Moto, dos Macron e quejandos...
EliminarMas, sério mesmo, vocês acreditam mesmo que existem povos como os que vocês pintam? A história não vos diz nada? Os termos do comércio internacional não vos dizem nada? As lições de economia de desenvolvimento não vos dizem nada?
Há mais conhecimento para além das Dambisa Moto, dos Macron e quejandos...
Hermes Sueia O
mais importante é que nesse contexto de relações e trocas desiguais não
sejam os filhos da casa a piorar o estado das coisas...........A
questão da eficiência e eficácia da "ajuda" tem muito que se lhe
diga.............Há espaço para consolidar a robustez das nossas
instituições e aprimorar os nossos actos de gestão. Os recursos
disponíveis devem ser usados de forma mais transparente e honesta.
Eliminar
Gabriel Muthisse Não se discute se a eficiência na gestão é boa coisa ou não, Hermes Sueia.
Discute-se dizer, por exemplo, que o Vale do Zambeze é pobre porque os
funcionários da ADZ não têm cultura de responsabilização. Concorda com
isso?
Octávio Zimbico O
jovem Presidente Macron, que é uma personalidade por quem tenho muito
respeito e admiração, calado é um autêntico poeta! Isso mesmo: perdeu
oportunidade de ficar calado. A Europa, "o velho continente" nos ensinou
a chamada teoria de transação demográfica
que no seu essencial defende a tese de o crescimento/desenvolvimento
demográfico passar necessariamente por 4 fases fundamentais - dizem eles
os europeus como o Senhor Macron. Então, Macron perdeu oportunidade de
ficar calado, como diria Edson Macuácua! Vamos ver que de acordo com
essas teorias demográficas, a Europa é vista como tendo uma população
velha. Em certos países como Holanda e Alemanha já se ensaia pacotes de
incentivo à natalidade como resultado dessa crença e por forma a
contornar eventuais efeitos nefastos advindos do suposto envelhecimento
da população do grande e sábio continente europeu. Ora essa! Não voltará
aqui o fantasma de muitos filhos que por sua vez tornará a Europa jovem
mas em contrapartida com "problemas culturais" a que o Presidente
Macron se refere? Sei lá! Tudo é possível. Tudo são teorias. É
pós-verdade não é? Creio e logo estou certo! Diriam alguns. E agora
Senhor Macron, o que faremos nós? Deixaremos a pobre população
envelhecer para depois tentarmos multiplica-la de novo? Ou simplesmente
vamos ter que reduzir drasticamente a natalidade, crescermos
culturalmente e depois corrermos o risco de ter uma população
considerada velha? A partir de que número de filhos por casal estaríamos
no caminho certo Mr. President Macron? Já que a população europeia é
considerada velha, e porque perguntar não ofende, terá sido por essa
razão que o Senhor Presidente se casou com a sua antiga professora?
Hehehehehe
Eliminar
Benny Matchole Khossa Esse
tema da natalidade vs desenvolvimento é uma faca de dois gumes porque
há estudos que apontam que a natalidade é fundamental ao desenvolvimento
por criar um mercado interno forte e retirar dependência de mercados
dos quais não se tem controlo. O consumo
doméstico cresce. E a par do consumo, tens excedentes de mão de obra,
que reduzem os custos de produção porque torna-se barato ter mão de obra
e isso pode beneficiar a produção interna ao colocar os seus excedentes
no mercado internacional a preços mais baixos. A China e Índia são
disso exemplos. Portanto, olhar só para o número de filhos é
reducionista
Eliminar
Lyndo A. Mondlane Mas
para naçoes com um.minimo, se vais ter um excesso de mao de obra num
pais que a taxa de ocupaço hoje por hoje ronda os 30%.. ja ha demasiados
desempregados e para meter mais, consumo interno, so consome quem tem o
minimo, se nao ha nada sao gastos apenas para admnistraço, nao a nossa q
nunca ajuda a ninguem.. sao dados para paises prosperos..
Octávio Zimbico Não
existe isso de o número de filhos ser um problema. Se você é pobre é
porque não tem acesso a recursos em quantidade e qualidade, ou se os
tem, não faz o correto uso deles. Os homens mais ricos do mundo,
sozinhos, detêm a riqueza que seria partilhada
por milhões senão bilhões da população mundial. Não nos venham com
essas estórias. A natalidade não pode parar porque a mortalidade também é
alta. 2/3 do planeta é constituído por florestas, oceanos, lagos e
rios. Então, o planeta ainda tem espaço de sobra. O que se quer é o
correto uso e preservação do meio em que vivemos. Não há população a
mais (por enquanto). Há sim uns poucos gananciosos que querem tomar o
mundo só para eles e deixar o resto dizimado pela chamada lei de seleção
natural.
Eliminar
Gito Katawala Os
tios Bob, Yoweri, Jacob, e Visionário da Pérola do Índico podem dizer a
mesma coisa, alguns aqui aplaudem como se fosse "sabedoria". Mas se um
europeu ou americano disser no mesmo contexto, aí é blasfémia.
Interessante!!
EliminarInteressante!!
Gabriel Muthisse Tu acreditas nisso, Gito Katawala?
Eliminar
Gabriel Muthisse As pessoas não fazem planeamento físico porque são pobres, Gito Katawala
(não têm acesso à escola, não têm acesso à informação, as clínicas
ficam longe, só há médico na sede do Distrito, não têm acesso a pílulas,
pois onde vivem não há farmácias, não têm
estradas....) A causalidade é esta. E não a que nos sugere Macron,
segundo a qual somos pobres porque não fazemos planeamento familiar.
Presta atenção à causalidade, Gito, pois isso é importante
EliminarPresta atenção à causalidade, Gito, pois isso é importante
Gito Katawala Eu sugiro que façam o mesmo que o Brazao
fez. Ler o conteúdo do pronunciamento na íntegra. Aí estará o contexto,
e não sublinhando uma ou duas palavras para depois criar tempestade em
tubo de ensaio.
Gabriel, fizeste observações muito valiosas nos vários comentários que colocaste. Esses até são merecedores para discutir o contexto.
Entendo que alguns dos nossos "pan-africanistas" têm um desdém sempre que um europeu faz referência à "civilização". É o problema de victimizacao, dar culpas aos outros... Hehehehe!!
Gabriel, fizeste observações muito valiosas nos vários comentários que colocaste. Esses até são merecedores para discutir o contexto.
Entendo que alguns dos nossos "pan-africanistas" têm um desdém sempre que um europeu faz referência à "civilização". É o problema de victimizacao, dar culpas aos outros... Hehehehe!!
GostoMostrar mais reações.
Vasco Acha Macron
e seus pro macrinianos falharam ele demonstrou a tipica assimilação
francofona de Africa que visava tornar os africanos em tipicos
euroafricanos impondo uma escala historica temporal que os povos
deviam caminhar ate ao dia da civilizaçáo eurocentrista.
Por exemplo Quem disse que o planeamento familiar o grau evolucional mais elevado do civismo e porque o planeamento e nao o Homossecualismo? ou a castidade, a poligamia e incesto? todas essas seriam apenas criacoes subjectivas dos homens visando promover escalas civilizacionais sem nexo.
Pelo que a Antropologia social e cultural traz nos um conceito de relativsmo cultural que Macron e seus apioantes deveriam estudar mais e mais ainda
EliminarPor exemplo Quem disse que o planeamento familiar o grau evolucional mais elevado do civismo e porque o planeamento e nao o Homossecualismo? ou a castidade, a poligamia e incesto? todas essas seriam apenas criacoes subjectivas dos homens visando promover escalas civilizacionais sem nexo.
Pelo que a Antropologia social e cultural traz nos um conceito de relativsmo cultural que Macron e seus apioantes deveriam estudar mais e mais ainda
A-xikunda Materula Esse
cao do Macron devia ser o ultimo a abrir a latrina dele. França sem
explorar Afrika,seria como um pais do terceiro mundo, Mediteran
confessou. França organisou golpes de estado nas 14 ex-colonias e até
hj, arrecada 500bilhoes de dolares anualmente
dos mesmos. O problema de Afrika sao 400 anos de escravatura, como
poderiamos nós sem recompensação estar no mesmo passo que estes
homosexuais imperialistas? Após a guerra europeia,que eles a chamam de
segunda guerra mundial, teriam eles estado no estagio que estão se os
Estados Unidos não tivessem "bailed them out" com n sei qtos bilhões de
dollares? Hiroshima e Nagasaki n foi o mesmo?os falsos judeus tb? Ease
cão que n fale merdas. A França ergue se e acumula fortuna a custa do
nosso sangue e suor. E um dia pagará por isso.
Eliminar
Leo D. P. Viegas Um
dos grandes problemas que tenho reparado e que alguns intelectuais
quando fazem as suas analises sobretudo comparativas nao se alicercam na
Historia. Um pouco de conhecimento da historia europeia e americana nos
ajudaria perceber que afirmacoes como o
post acima do Brazao que pretende defender Macron sao infundadas. Ate
aos principios do seculo XX tanto europeus e americanos tinham familias
enormes. Era muito normal nos anos anteriores a depressao de 1929 as
familias amrricanas (brancas, para sublinhar) terem 12 filhos! 12 filhos
nos anos anteriores a depressao! Os avancos no provimento dos cuidados
de saude, educacao e a melhoria da qualidade de vida fizeram com que ate
os anos 1960 e 1970 a media do numero de agregado familiar europeus e
americanos baixasse para 6 filhos! Eram 6 filhos nos anos 1960 a media!
Nos anos posteriores o numero foi decrescendo. Isto e historia! Dados
verificaveis e muita literatura escrita sobre isto. Estas materias fazem
parte dos manuais de historia dos estudantes universitarios americanos
ao nivel da graduacao (undergraduate) e tive varias turmas destes
estudantes nos Estados Unidos. Era interessante ver como os estudantes
lidavam com estas materias inclusive tinham que fazer historias de
familia em que abordavam a trajectoria das suas familias. Era instrutivo
ver como as suas familias de muito alargadas foram diminuindo ao longo
dos anos. De tal sorte que quando os americanos nao instruidos ou sem
conhecimento da sua propria historia me dissessem que as familias
africanas sao numerosas eu lhes diziam voces foram assim ate bem pouco
tempo. Entao, conhecamos a historia dos outros antes de carimbarmos tudo
o que nos dizem. Bom dia!
Eliminar
Brazao Catopola Good Leo D. P. Viegas,
aqui está uma perspectiva interessante no entanto não me conciliu com
ela. Essa perspectiva evolucionista das sociedades nos faz assumir que
devemos cometer os erros dos outros porque ainda não passamos pelos
mesmos passos. A ser assim voltemos
primeiro para as máquinas à vapor, até aos que usamos hoje. Se já há
perspectivas recente a sobre isso porque devemos passar pelos mesmo a
estágios? Isso é exactamente o que se chama de evolucionismo tardio. A
questao do MACRON foi dita numa contexto em que ele questiona a
organização e exactamente a organização é o que tu trazes aqui como um
processo que ocorreu na Europa e América. Quando eles se vêem em
situação deficitária criam estratégias e políticas que permitiram essa
redução e melhor enquadramento de todos. É exactamente isso que MACRON
nos pede. Agora não nos deixemos ficar porque ainda não passamos por
todas fases da Europa e América
Eliminar
Leo D. P. Viegas Aqui
cometes erros de analise. Primeiro nao acredito nas fases de
creacimento economico postuladas por W. W. Rostow. Moçambique e Africa
em particular nao precisam e nem podem passar pelos mesmos estagios de
desenvolvimento europeu. As sociedades sao bem
distintas. O desenvolvimento tecnologico incurtou muitos processos ou
fases. Segundo nao precisamos ouvir Macron que deve conhecer muito mal a
sua propria historia. Em terceiro lugar tem ocorrido a adopcao de
tecnicas e tecnologias modernas sobretudo nas areas de saude o que
potencialmente pode diminuir as taxas de natalidade. Entretanto
qyestiono-me deste discurso todo sobre a natalidade africana. Por que
isso deve preocupar Macron? Por causa dos refugiados africanos? Pobreza
africana? Qual e o papel da Franca nisto tudo?
Eliminar
Escreve uma resposta...
Raul Junior Quem é que está contra o seu próprio nascimento? Deixem as crianças nascerem!
Eliminar
Leo D. P. Viegas Ora Brazao Catopola!
Sei que tem conviccoes fortes e por essa razao este debate pode se
alongar por mais dias. Vou evitar a tentacao de entrar nele e ler os
comentarios 😊 . Quando evoquei a necessidade do conhecimento da historia dos europeus e americanos
ou no caso em apreco da Franca donde Macron e filho querido (falo
daquela Historia nao heroica mas aquela cultivada por Marc Bloch,
Fernand Braudel, Jacques Le Goff, George Duby, entre outros) tinha como
proposito: a) mostrar que a ideia de que fazemos mais filhos em Africa e
em Moçambique em particular nao e uma questao de que uns sao mais
civilizados que outros. Alias assim a Franca dos principios do seculo XX
a finais da segunda guerra mundial nao seria civilizada. O proprio
conceito e discutivel e problematico. Foi o resultado do provisao de
cuidados de saude, educacao a expansao da rede sanitaria que fizeram com
que as taxas de natalidade e mortalidade baixassem. B) A transformacao
de economias agrarias para economias industriais e de servicos também
levou a diminuicao das familias. Ate aos principios do seculo XX muitas
economias europeias incluindo a Suica e Suecia eram rurais ate aos anos
1960. Essa transformacao economica foi acompanhada de mudancas
demograficas. C) Em relação a Moçambique e Africa, assiste-se a expansao
populacional porque houve melhoria dos cuidados de saude e ja comeca a
assistir-se a reducao dos agregados familiares mais instruidos e com
melhores condicoes. Este processo vai se alastrar a medida em que se
expande a rede sanitaria, educacao, etc. Tu es um exemplo de alguém
beneficiado por estas melhorias. 😊
Eliminar
Gabriel Muthisse Ainda não entendi porque custa compreender isto. Principalmente de parte de Brazao Catopola...
Eliminar
Brazao Catopola Mas
eu compreendo isso. A grande questão é que o que MACRON na verdade
disse é mesmo isso. Ao começar a falar de África fez questão de dizer
que o problema de África é mais profundo que a questão dos recursos e
existência de financiamentos. O que ele evoca
na verdade é toda modernização em atraso por vários factores e é este
ponto que eu concordo com ele. A natalidade é apenas um dos exemplos que
usou. O seu discurso fala de leve das guerras, corrupção, até seca. A
abordagem dele foi a mais concreta de todos. Por isso eu disse leia-se e
entenda-se como ele trata este assunto no todo. Os jornalistas puseram a
parte que lhes agrada. Desde o início reitero que devíamos entender o
discurso todo
Eliminar
Gabriel Muthisse Vi tudo isso, Brazao Catopola.
Li as palavras de Macron na íntegra. O problema da preposição dele é
que toma a consequência por causa. A África não está pobre porque faz
muitos filhos. Ou porque tem tráfico de drogas. Ou porque tem migração
massiva, a que ele chama tráfico de pessoas. Ou porque tem guerras.
A África tem tudo isso porque é pobre. No dia que não for mais uma economia agrária subdesenvolvido, no dia que tiver clínicas e médicos em todo o lado, no dia que educar quase toda a gente, no dia que todos tiverem energia, estradas, comida, informação... deixará de fazer muitos filhos, deixará de traficar drogas e pessoas...
Consegues perceber a causalidade, meu amigo? Ou para ti isso é indiferente?
EliminarA África tem tudo isso porque é pobre. No dia que não for mais uma economia agrária subdesenvolvido, no dia que tiver clínicas e médicos em todo o lado, no dia que educar quase toda a gente, no dia que todos tiverem energia, estradas, comida, informação... deixará de fazer muitos filhos, deixará de traficar drogas e pessoas...
Consegues perceber a causalidade, meu amigo? Ou para ti isso é indiferente?
Raul Junior Este debate é mais científico! Isto mostra que não há pobreza aqui!
Eliminar
Escreve uma resposta...
Ivan Paulo Manhiça Nós
Africanos fazemos tantos filhos para entrar no equilíbrio do quanto
eles nos mataram, precisamos nos reproduzir para mantermos a nossa
espécie que tantam aniquilar. Mesmo com tantos filhos não conseguiremos
ocupar a nossa casa África.
Eliminar
Raul Junior Vamos Contar Moçambique !
Elisio Macamo
Os pressupostos das ciências sociais
A “cientificidade” das ciências sociais pode ser comprometida por algo muito banal. O que de mais profundo os cientistas sociais têm a dizer muitas vezes parece trivial. Os cientistas naturais falam de coisas cujo funcionamento é impenetrável ao comum mortal. Os sociais, contudo, devolvem às pessoas aquilo que elas fazem e dizem no seu dia a dia. O que muitos não sabem, nem imaginam, é que toda a “explicação” ou “interpretaçao” dada por um cientista social só é completamente compreensível quando se tomam em consideração todos os pressupostos que a tornam intelegível.Um grande sociólogo britânico, Anthony Giddens, abordou este problema quando falou do que ele chamou de “dupla hermeneutica” em referência à maneira como o conhecimento das ciências sociais se confundia com o senso-comum.
Esta questão veio à minha cabeça a propósito dum programa que assisti na semana passada na TVM. Foi inapropriadamente chamado de debate (era uma simples discussão com três participantes que trocaram impressões sobre um tema) e subordinou-se ao tema: “Planeamento familiar – Empoderar as mulheres e raparigas para o desenvolvimento”. Eu sonho com o dia em que algumas pessoas – especialmente jornalistas, activistas e analistas – vão se dar conta de que o vocabulário das ciências sociais não se pode usar de ânimo leve. E depois terem cuidado. É que por detrás desse tópico está toda uma estrutura de pensamento, toda uma interpretação da história, toda uma visão do mundo, em suma, todo um conjunto de pressupostos que é crucial para uma real compreensão do seu significado.
Não quero com isto dizer que não haja espaço para novas interpretações. Até porque explorar essas possibilidades faz parte da intervenção intelectual. O problema é que abordar o tópico partindo da sua inocência pode ser algo problemático. “Planeamento familiar”, por exemplo, não é, nem nunca foi apenas uma técnica – ou medida prática – de controlo de natalidade. Aqui intervém aquilo que o filósofo da linguagem, Paul Grice, chamou de “implicatura”, isto é dizer uma coisa que quer dizer outra coisa. Por exemplo, se alguém perguntar algo como “o restaurante Cristal fechou?” e alguém responder “o INAE passou por lá” temos um caso claro de “implicatura”. O restaurante foi alvo duma inspecção (e fechou), mas a frase “o INAE passou por lá” não diz isso explicitamente.
É o que acontece com um conceito como “planeamento familiar”. É um eufemismo para o controlo da natalidade, mas o que dá força ao conceito é a ligação que se faz entre altas taxas de natalidade e desenvolvimento, a expectativa que se tem de que haja um estado suficientemente forte e eficiente para organizar isso e toda a pesquisa em demografia que articula as taxas de natalidade com certos estágios de desenvolvimento, certas práticas culturais e sua relação com a modernidade, etc. E não só. Esse conceito dialoga com alguns princípios por detrás da ordem política, por exemplo, a questão da autonomia individual, as escolhas individuais, os limites do poder do Estado, o papel do Estado, etc.
“Planeamento familiar”, portanto, é tudo menos um conceito inocente. Ouvir pessoas a dissertar sobre a importância do planeamento familiar sem nenhum preocupação em convocar estes pressupostos todos e dialogar com eles é bastante confrangedor. Não digo que este tenha sido necessariamente o caso durante esse programa, mas fiquei com a impressão – assim como sempre fico quando vejo alguns “debates” por aqui – que teria sido mais útil que a discussão tivesse sido em torno desses pressupostos.
Infelizmente, tem sido apanágio de muitas discussões entre nós deixar que os conceitos falem por nós. O exemplo mais típico disso é o da corrupção que beneficia, naturalmente, de todo um aparato institucional alimentado parcialmente por aqueles que apostam no assunto como forma de se reproduzirem socialmente. No caso do “planeamento familiar” quando se faz isto aceita-se acriticamente a inscrição do nosso país, da nossa maneira de fazer (as) coisas e dos nossos problemas numa lógica que nos define como a fonte e causa de todos os nossos problemas, uma lógica, portanto, que tendencialmente, faz tábula rasa da história e absolve os que hoje nos ajudam de toda a responsabilidade no que nos tornamos.
Se o principal conceito, a saber “planeamento familiar” em si já é um problema, nem sei o que dizer do subtítulo “empoderar as mulheres e raparigas para o desenvolvimento”. A posição da mulher nas nossas sociedades (africanas e não africanas) constitui uma afronta a todo o conjunto de valores que dizemos defender. Essa posição manifesta-se também em coisas tão simples como o controlo da natalidade. Eu não duvido, por exemplo, que as altas taxas de natalidade que se podem verificar em alguns países sejam um reflexo da posiçao subalterna da mulher.
Mas o facto disso se verificar sobretudo em países em desenvolvimento devia nos levar a perguntar se não haverá mais por detrás disso. A mulher é subalterna porque somos subdesenvolvidos ou somos subdesenvolvidos porque a mulher é subalterna? Você precisa de responder a essa pergunta antes de poder se pronunciar com utilidade sobre o tema. Dar todos esses pressupostos por adquirido é contribuir para que o debate de ideias nunca possa fluir entre nós. É fazer de Macron – o presidente francês que identificou o “problema africano” nas altas taxas de natalidade – isto é falar por falar sob o efeito daquela ilusão segundo a qual a autoridade em alguma coisa conferiria autoridade noutras coisas.
Sob os cientistas sociais pesa a grande responsabilidade de estimular mais discussões sobre os pressupostos do que dizem. Só que isso é difícil porque alguns deles, sobretudo aqueles que têm uma forte necessidade de comunicação, não dominam os pressupostos. O que arriscamos com isso é sermos reduzidos a meros repercutores de ideias que outros pensaram e produziram. Infelizmente, alguns nem se importam com isso.
A “cientificidade” das ciências sociais pode ser comprometida por algo muito banal. O que de mais profundo os cientistas sociais têm a dizer muitas vezes parece trivial. Os cientistas naturais falam de coisas cujo funcionamento é impenetrável ao comum mortal. Os sociais, contudo, devolvem às pessoas aquilo que elas fazem e dizem no seu dia a dia. O que muitos não sabem, nem imaginam, é que toda a “explicação” ou “interpretaçao” dada por um cientista social só é completamente compreensível quando se tomam em consideração todos os pressupostos que a tornam intelegível.Um grande sociólogo britânico, Anthony Giddens, abordou este problema quando falou do que ele chamou de “dupla hermeneutica” em referência à maneira como o conhecimento das ciências sociais se confundia com o senso-comum.
Esta questão veio à minha cabeça a propósito dum programa que assisti na semana passada na TVM. Foi inapropriadamente chamado de debate (era uma simples discussão com três participantes que trocaram impressões sobre um tema) e subordinou-se ao tema: “Planeamento familiar – Empoderar as mulheres e raparigas para o desenvolvimento”. Eu sonho com o dia em que algumas pessoas – especialmente jornalistas, activistas e analistas – vão se dar conta de que o vocabulário das ciências sociais não se pode usar de ânimo leve. E depois terem cuidado. É que por detrás desse tópico está toda uma estrutura de pensamento, toda uma interpretação da história, toda uma visão do mundo, em suma, todo um conjunto de pressupostos que é crucial para uma real compreensão do seu significado.
Não quero com isto dizer que não haja espaço para novas interpretações. Até porque explorar essas possibilidades faz parte da intervenção intelectual. O problema é que abordar o tópico partindo da sua inocência pode ser algo problemático. “Planeamento familiar”, por exemplo, não é, nem nunca foi apenas uma técnica – ou medida prática – de controlo de natalidade. Aqui intervém aquilo que o filósofo da linguagem, Paul Grice, chamou de “implicatura”, isto é dizer uma coisa que quer dizer outra coisa. Por exemplo, se alguém perguntar algo como “o restaurante Cristal fechou?” e alguém responder “o INAE passou por lá” temos um caso claro de “implicatura”. O restaurante foi alvo duma inspecção (e fechou), mas a frase “o INAE passou por lá” não diz isso explicitamente.
É o que acontece com um conceito como “planeamento familiar”. É um eufemismo para o controlo da natalidade, mas o que dá força ao conceito é a ligação que se faz entre altas taxas de natalidade e desenvolvimento, a expectativa que se tem de que haja um estado suficientemente forte e eficiente para organizar isso e toda a pesquisa em demografia que articula as taxas de natalidade com certos estágios de desenvolvimento, certas práticas culturais e sua relação com a modernidade, etc. E não só. Esse conceito dialoga com alguns princípios por detrás da ordem política, por exemplo, a questão da autonomia individual, as escolhas individuais, os limites do poder do Estado, o papel do Estado, etc.
“Planeamento familiar”, portanto, é tudo menos um conceito inocente. Ouvir pessoas a dissertar sobre a importância do planeamento familiar sem nenhum preocupação em convocar estes pressupostos todos e dialogar com eles é bastante confrangedor. Não digo que este tenha sido necessariamente o caso durante esse programa, mas fiquei com a impressão – assim como sempre fico quando vejo alguns “debates” por aqui – que teria sido mais útil que a discussão tivesse sido em torno desses pressupostos.
Infelizmente, tem sido apanágio de muitas discussões entre nós deixar que os conceitos falem por nós. O exemplo mais típico disso é o da corrupção que beneficia, naturalmente, de todo um aparato institucional alimentado parcialmente por aqueles que apostam no assunto como forma de se reproduzirem socialmente. No caso do “planeamento familiar” quando se faz isto aceita-se acriticamente a inscrição do nosso país, da nossa maneira de fazer (as) coisas e dos nossos problemas numa lógica que nos define como a fonte e causa de todos os nossos problemas, uma lógica, portanto, que tendencialmente, faz tábula rasa da história e absolve os que hoje nos ajudam de toda a responsabilidade no que nos tornamos.
Se o principal conceito, a saber “planeamento familiar” em si já é um problema, nem sei o que dizer do subtítulo “empoderar as mulheres e raparigas para o desenvolvimento”. A posição da mulher nas nossas sociedades (africanas e não africanas) constitui uma afronta a todo o conjunto de valores que dizemos defender. Essa posição manifesta-se também em coisas tão simples como o controlo da natalidade. Eu não duvido, por exemplo, que as altas taxas de natalidade que se podem verificar em alguns países sejam um reflexo da posiçao subalterna da mulher.
Mas o facto disso se verificar sobretudo em países em desenvolvimento devia nos levar a perguntar se não haverá mais por detrás disso. A mulher é subalterna porque somos subdesenvolvidos ou somos subdesenvolvidos porque a mulher é subalterna? Você precisa de responder a essa pergunta antes de poder se pronunciar com utilidade sobre o tema. Dar todos esses pressupostos por adquirido é contribuir para que o debate de ideias nunca possa fluir entre nós. É fazer de Macron – o presidente francês que identificou o “problema africano” nas altas taxas de natalidade – isto é falar por falar sob o efeito daquela ilusão segundo a qual a autoridade em alguma coisa conferiria autoridade noutras coisas.
Sob os cientistas sociais pesa a grande responsabilidade de estimular mais discussões sobre os pressupostos do que dizem. Só que isso é difícil porque alguns deles, sobretudo aqueles que têm uma forte necessidade de comunicação, não dominam os pressupostos. O que arriscamos com isso é sermos reduzidos a meros repercutores de ideias que outros pensaram e produziram. Infelizmente, alguns nem se importam com isso.
Comentários
Gabriel Muthisse Exactamente
o que tenho estado a dizer nos debates em que participei sobre este
tema. De repente, descobriu-se que somos pobres porque fazemos muitos
filhos, porque praticamos tráfico de drogas e "tráfico de pessoas"
(nunca aceitei este termo), porque temos guerras e desestabilização política.
Ou seja, aquilo que é consequência, passa a ser a causa. E, como foi dito por Macron, que é Presidente da França, a afirmação só pode ser sábia
EliminarOu seja, aquilo que é consequência, passa a ser a causa. E, como foi dito por Macron, que é Presidente da França, a afirmação só pode ser sábia
Gabriel Muthisse Parece
haver muita gente que acredita que a Europa é desenvolvida porque faz
poucos filhos. Não se faz nenhum esforço de entender como, por exemplo, a
passagem de uma economia rural, agrícola e pastoril subdesenvolvidas,
para uma economia industrial e de
serviços, pode ter tido implicações no número de filhos. Quando as
sociedades que hoje se fixam em um ou dois filhos, usavam enxada de cabo
curto e eram criadores de gado nos mesmos moldes que nós, hoje, quantos
filhos faziam? E estou a falar de há meros 50 anos atrás. Isto para não
falar do acesso fácil à educação, a clínicas, a médicos, a pílulas, a
informação, ou seja, ao desenvolvimento.
Eliminar
Elisio Macamo pois.
quando o grande teórico do controlo de natalidade, robert malthus,
inventou as suas teorias, o único país que o seguiu foi a frança. há
quem diga que isso atrasou a frança no seu desenvolvimento. a mim também
irritam estas correlações simplistas.
Emidio Beula Eu
já estava a tratar da papelada para registar a minha associação de
promoção do planeamento familiar. Já que o HIV/SIDA não está a dar tanto
dinheiro e o combate à corrupção está institucionalizado, melhor
"reinventar" novos problemas com viabilidade financeira inquestionável.
Eliminar
Ferraz Neto Netinho Vivaaaaaaaa. Grande reflexão. Já copiei.
Sem comentários:
Enviar um comentário