terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Carta da paz

Carta da paz

Prezados compatriotas moçambicanos,

Filipe Nyusi, Presidente da República de Moçambique e da FRELIMO, esta antes o único movimento nacionalista que lutou pela independência deste país, e hoje o partido político no poder neste país...,
e Afonso Dhlakama, Presidente da Renamo, esta antes movimento terrorista criado pelo regime minoritário branco instalado na então Rodésia (hoje Zimbabwe) para desestabilizar Moçambique..., e hoje o maior partido partido político da oposição neste país, desde a entreda em vigor do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado em Roma, Itália, a 4 de Outubro de 1992, ...
chegaram recentemente a um entendimento para acabar com o conflito armado que tem estado a opor o Estado moçambicano à RENAMO.
O diálogo entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama foi encentado pelos dois por mandatado do povo moçambicano. Foi o povo que disse "ontem fomos instigados a lutar entre nós... hoje não queremos mais guerra entre nós. Vós dois sentai e conversai para produzir uma proposta de entendimento que ponha termo definitivo ao conflito político que nos divide em FRELIMO e RENAMO, porque não faz sentido e atrasa o nosso progresso como Povo e como Nação".
O entendimento alcançado há necessidade operar uma alteração na letra e no espírito da Constituição da República de Moçambique, de modo a instituir um sistema de governo que permita uma governação partilhada das unidades territoriais do país. Por outras palavras, o que se pretende é acabar com a prática vigente de que quem ganha as eleições gerais governa TUDO e quem perde governa NADA. No fundo, trata-se de instituir um mecanismo de partilha do poder entre o vencedor das eleições gerais e os demais concorrentes nos pleitosvelectorais, de modo a haver uma governação compartilhado do país.
Este foi o entendimento alcançado por Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama para se pôr termo definitivo ao conflito que divide os moçambicanos em FRELIMO e RENAMO, e que já foi depositado na Assembleia da República (AR) para debate, aprimoramento e tradução em lei.
Há quem está a cogitar que a AR só vai traduzir o entendimento entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama em lei. Pensar assim é muito problemático e está a gerar uma celeuma desnecessária, que está a equivocar o povo que vê neste endimento um caminho para a pacificação efectiva de Moçambique. Para quem assim pensa e crê, é preciso recordar que a AR é um órgão soberano, representativo de todos os moçambicanos, independentemente do credo ideológico. Sendo assim, o que é espectável é que a AR aja no interesse do povo e não dos partidos políticos FRELIMO, RENAMO e quejandos.
Assim, uma vez com documento do entendimento produto do diálogo bilateral Estado-RENAMO (não FRELIMO-RENAMO!), a AR, órgão do Estado e não dos partidos políticos com assento parlamentar, DEVE desencadear um processo de consulta ao povo moçambicano, para determinar se este entendimento é aceitável como está ou precisa de algum aprimoramente. Certamente que há espaço o entendimento ser aprimorado antes de ser traduzido em lei. Aliás, ambos protagonistas no diálogo reconhecem que são homens mortais, e por isso falíveis. Não acreditam, pois, na perfeição do entendimento a que achegaram, e esperam que a AR faça o que DEVE no âmbito das suas competências para que o entendimento seja aprimorado com a participação do dono do poder soberano delegado ao Estado: o povo moçambicano.
Com estas palavras, quero apelar aos moçambicanos apressados em tirar conclusões sem discernimento adequado para que parem de vaticinar negativamente o que AR vai ou não fazer. Vamos todos mas é recomendar e exigir que a AR proceda como dita a lei, desencadeando um amplo debate nacional que permita legitimar melhor o entendimento ora alcançado no diálogo entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama, antes de o converter em lei!
Eu disse.
Palavra d'honra!

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PS: ANDA por aí uma gentalha que, habituada a comer sozinha e fazer do país de todos a sua empresa privada, está a cogitar orquestrar um acidente para impedir o Filipe Nyusi de chegar ao fim do mandato e/ou eliminar o Afonso Dhlakama. Apelo a ti, Presidente Filipe Nyusi, para usares de TODO poder do Estado que legitimamente deténs, para neutralizar antecipadamente essa gentalha. Não te atrases a agir contra os inimigos da paz, para não seres mártir como Samora Machel, que morreu foi armadilhado por esses egoístas que fazem do país de todos sua exclusiva machamba. Ninguém tem culpa por não ter nascido a tempo para participar na luta de libertação. A causa da luta era libertar a terra e os homens, não para fazer de Moçambique só machamba de alguns. Se for necessário, o povo vai marchar sobre os corpos em escombros do que essa gentalha pensa e crê ser sua exclusiva propriedade. Pela paz e progresso de Moçambique, A LUTA CONTINUA!
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Mouzinho Zacarias Certo, amigo Julião cumbane!
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4h
Antolinho André Certíssimo caro Julião. Olhos bem abertos para que o nosso inimigo esteja na defensiva permanente.
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3hEdited
Antolinho André Esta imagem ilustra a perversidade dos seres. Estão preocupados em ocupar espaço dando vantagens aos outros. Aqui o leopardo apanha a sua comida de bandeja.
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2h
Domingos Feniasse Por concordar em grande parte com o conteudo da sua reflexao e por ter medo de alterar a ideia principal, posso partilhar? Principalmente a parte do PS
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2h
Julião João Cumbane Claro que podes partilhar, Domingos Feniasse!
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1hEdited

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