O sonho de ter uma vida cheia de luxo e menos preocupante é o sonho de qualquer jovem adolescente. Mas a busca por esse sonho faz muitas raparigas acreditarem nas pessoas erradas e abraçarem o mundo da prostituição.
Algumas adolescentes que entram no mundo da prostituição condenam-se a diferentes formas de exploração, tanto de clientes, sociedade e colegas mais velhas e antigas no trabalho. Este último grupo tem se disponibilizado a agenciar as mais novas.
Segundo escreveu o jornal Sol do Indico, as meninas contam que esse cenário vem se perpetrando porque os clientes preferem a elas, e as mais velhas sentem-se rejeitadas, por isso se disponibilizam a agenciar, buscar clientes e a marcar preços.
“Quando chegamos à Baixa, nossa irmã é quem indica os pontos onde devemos nos posicionar. Quando um homem nos aprecia ela é quem marca a hora, preço e diz o que e como devemos fazer”, contou uma das entrevistadas.
Se a realidade é ou não dura, para algumas meninas já não há como “rescrever o destino”. “Arrependo-me do que fiz, mas nunca penso em voltar para Inhassoro. Inhambane já não tem espaço para mim”, revelou uma das adolescentes que abandonou tudo à revelia da sua avó.
O porta-voz da Rede da Criança - uma organização que trabalha na recuperação e reintegração de crianças de rua - Vicente Manjaze, contou que as crianças tiradas da rede de prostituição desenvolvem actividades de criação de frangos e frequentam aulas psico-pedagógicas.

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