As gerações que moçambique te(ve)m...
Foi num discurso que aparentava triunfalista, quando os jovens insetos(?) como eu tomaram conhecimento de quantas gerações Moçambique teve ou tem.
O Presidente Guebuza com sua característica fonética na leitura do discurso (poeta que é) elencou 3 gerações que assegura(ra)m a integridade desta "nação que ainda não existe": A chamada geração 25 de Setembro, a 8 de Março e esta que desapareceu antes de se firmar (geração da viragem).
Ele foi fazendo triangulações dos contributos de cada uma, mormente as 1as 2 gerações.
Porém, a 3a geração (embora pareça 1a) ele fez projeções em jeito de desafios. Infelizmente, nem conseguimos assumir a nossa tarefa.
Estamos ainda, sob custódia da geração de 64. Somos muitos que continuamos presos na reprodução das mensagens revolucionárias. E não temos iniciativas de produzir a nossa própria mensagem, claro inspirada no passado.
Eu aceito plenamente, como tantos outros disseram antes, que nenhum povo vive sem história. Quem enganou à nós de facto, foi o regime colonial. Mas, continuar a fixar ideia de triunfalismo baseado em assessorias obsoletas, corremos o risco de extinguir a FRELIMO, no lugar de RURALIZAR como sugeria um analista Pro-Renamo (que hoje fala bem do PR) em 2015, no âmbito das eleições sul-Africanas.
Há mentes que foram DOMADAS, essas, qualquer ideia contraditória ao seu sonho de auto-realização, correm para hostilizar os contraditores.
A FRELIMO enquanto Partido que GOVERNA, é o centro e incubação de intelectuais. Como dizia mais uma vez GUEBUZA em (2014), "a Felimo não está a procura de jovens, nem de intelectuais, esses estão em todos os sectores e na OJM. A Frelimo procura líderes, que pensam e capazes de enfrentar os novos desafios".
Infelizmente, esses quadros, esses líderes, não lideram (passe o pleonasmo) eles são liderados. Não pensam, alguém pensa sobre eles.
Os jovens se tornam ou são tornados ociosos dentro do próprio partido. No lugar de capitaliza-los, são exgremidos. Opinar com incisão é um constrangimento no curso normal das coisas. Busca-se uma justificação intriguista para o afastar.
Uma coisa é certa, há quem ainda está fixo em 1989 até lá o discurso de 10 anos na luta era cartão de progresso . Os tempos mudaram, vão mudando. Há toda uma necessidade de estarmos com o tempo. Embora gente continue com optimismo. O tempo é responsável pela extinção de coisas que envelhecem. A morte muitas vezes ou sempre (pois morre o que existe ou existiu com o tempo) é causada pelo tempo.
Continuar confiar em assessorias subversivas, estaremos a definir a nossa inexistência.
Quero recordar que a manifestação de Victoria da RENAMO, não foi anunciada na RM, nem na TVM, mas em menos tempo, houve mobilização extraordinária que inundou a cidade. E todo mundo viveu in logo mesmo estando fora de África.
Portanto, aquilo é fruto do desenvolvimento que a própria Felimo, enquanto Governo liderou/a. O controle de cérebros (internos) já deve ser visto como uma estratégia fora da moda. É um paradigma em crise. Já, A capitalização deles para o progresso interno é uma urgência é o que falta muito!
Os assessores do PR são pioneiros na REPRODUÇÃO AVRUTICA DO PASSADO. Não raras vezes, colocam o chefe em terrenos lamacentos. Três exemplos infelizes foram incorporados em seus discursos por mim denunciados aqui no Facebook:
1- Jovens da Frelimo não criticam em redes sociais, eles estão na OJM e trabalham. Estão no campo...
2- Os académicos ou intelectuais não são aqueles que se ocupam em criticar, devem procurar trabalhar (falou isso na graduação de técnicos superiores na Universidade Nachingueia)
3- Convidamos a todos moçambicanos, incluindo os nossos irmãos da RENAMO para abraçarem os entendimentos pela paz...
Esses deslizes, podem ter sido provocados por aqueles jovens que cercam o PR, para tirarem dividendos.
É para eu que sou da OJM não criticar?
É para silenciar os académicos?
Os irmãos da Renamo não são moçambicanos?
E porque o PR usa redes sociais?
Porquê ele linterage com jovens no Facebook?
A outra questão que se deve refletir sobre ela, são os entendimentos.
Será que o RIDER foi garantido assumir a presidência em 2019?
Este que, numa eleiação municipal ameaça romper com o DIALOGO, em caso de derrota, vai aceitar os resultados? Espero que não haja outras tréguas em 2022.
Para terminar, insisto em citar Guebuza: "Quando os quadros são bons, não podem ser isolados há que protege-los."
----------------
Bem, não estou falando das edições de Nampula, mas há que saber-se do carácter sugestivo que elas tiveram! Continuar dizer a Victoria é certa, vamos devolver a nossa FRELIMO EM DAR-ES-SALAM.
Sem comentários:
Enviar um comentário