Hoje é dia 14 de Março. É a data, portanto, reservada à segunda volta da eleição intercalar de Nampula que vai opor Amisse Cololo, da Frelimo, e Paulo Vahanle, da Renamo. A mim não me interessa a quem o povo daquela urbe vai votar. Interessa-me, sim, que todos os que se recensearam exerçam o seu direito cívico.
O Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social concedeu tolerância de ponto para todo o dia de hoje, na cidade de Nampula. Compatriotas, não vamos fazer desta tolerância ocasião para estar nas barracas. Até que podemos ir beber, mas depois da votação. Este é o nosso direito. Votar não significa escolher um ou outro. É exercer o seu direito cívico. É ser cidadão.
Deixem de ser dorminhocos para depois lamuriarem nas barracas. Têm esta ocasião soberana para fazerem a diferença. Afluam às mesas de votação. Escolham quem acharem que, durante a campanha eleitoral, apresentou melhor programa. Se nenhum dos dois vos convenceu, não são obrigados a legitimá-los.
Saibam que a melhoria da democracia e de nossa cidadania depende de um amplo engajamento da sociedade nas decisões políticas. Não é ficar em casa a dormir para passado algum tempo dizer que não se identifica com o edil sicrano. Vá às urnas, faça a diferença. Aí sim, poderá reclamar disto ou daquilo.
Os processos políticos não são só dos políticos. Estamos num país democrático. Somos chamados a dar a nossa contribuição. Ficar em casa não resolve nada. A nossa democracia pode não ser perfeita, mas um dia chegaremos lá. E para isso todos somos chamados a contribuir. Roma não foi construída em um único dia.
Na primeira volta, realizada a 24 de Janeiro, votaram 73.852 eleitores dos 296.590 inscritos, o que corresponde a uma adesão de apenas 24.9 por cento, ou seja a abstenção foi na ordem de 75,1 por cento. Isto é grave!
Em qualquer país civilizado as pessoas preocupam-se em atingir a maioridade para poderem votar. E nós ridicularizamos o sentido do voto. Quem nos deve ou não governar nós é que escolhemos. Por isso temos que votar.
As urnas não estão nas barracas, esquinas da fofoca ou nos nossos quartos. Deram-nos tolerância para votarmos. Vamos votar e podemos voltar à soneca. A responsabilidade de ter uma cidade de Nampula bem governada depende de vocês.
O STAE também deve melhorar as queixas ouvidas na primeira volta em relação aos cadernos eleitorais. Todos os aspectos técnicos espera-se que sejam melhorados para permitir que os eleitores tenham a possibilidade de votar no candidato da sua preferência.
Nini Satar
Sem comentários:
Enviar um comentário