sexta-feira, 18 de maio de 2018

Fazer a diferença em Outubro

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Editorial
Escrito por Redação  em 18 Maio 2018
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Terminou na última quinta- -feira (17) a escala nacional o recenseamento eleitoral em vista as quintas eleições autárquicas de Outubro do corrente ano. Como sempre, o último dia foi marcado por enchentes. Os eleitores alegam que falta de sistemas e avarias dos equipamentos usados pelos recenseadores é que condicionaram as suas inscrições.
A enchente no último dia mostra, na verdade, que os moçambicanos têm uma profunda consciência da importância do cartão de eleitor, pois só com ele é possível realizar mudança, embora a ideia de mudança ainda gera uma profunda desconfiança e, de certa maneira, medo nos moçambicanos.
Importa salientar que em qualquer parte do mundo a mudança nunca é fácil, uma vez que há sempre um receio legítimo, ou seja, natural que inibe a necessidade de mudar o estado das coisas. É bom que se diga que o desenvolvimento e o futuro de Moçambique depende indubitavelmente da necessidade de mudança.
Há quatro décadas que o país encontra-se num estado de total desamparo. A título de exemplo, é inegável que o fenómeno corrupção – diga- -se de passagem, organizada -, a exclusão social, partidarização do aparelho do Estado, nepotismo e falta de uma democracia funcional continua a ser o principal obstáculo à materialização do desenvolvimento de Moçambique e de uma identidade e cidadania moçambicana.
Há quatro décadas que Moçambique ainda é um país extremamente empobrecido, vulnerável e refém das armadilhas do FMI e do Banco Mundial, para não dizer dependente da famigerada caridadezinha internacional, crismada de “ajuda externa”. Aliado a isso, o país é dirigido por um conjunto de incompetentes que tem estado a espoliar os moçambicanos.
Como resultado disso, continuamos com uma Justiça desactualizada e que não está ao alcance do cidadão, uma Agricultura impróspera, a deteriorização dos sistemas educacional e de saúde, para além de falta de um ambiente saudável de negócios ou comércio. Os governantes supostamente eleitos pelos moçambicanos estão a marimbar-se para o desenvolvimento do país, esforçando- se em amealhar riqueza, adquirindo participações em empresas para satisfazerem os seus caprichos pessoais e assegurarem a estabilidade financeira das suas famílias.
Portanto, para mudar essa situação clamorosa, os moçambicanos devem guardar os seus respectivos cartões de eleitores para em Outubro próximo e do ano de 2019 de forma consciente fazer a diferença nas urnas.

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